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02/05/2025 às 13:08

COMUNIDADES TRADICIONAIS

Projeto Baobás pelo Brasil: MPF participa do plantio simbólico de árvores ancestrais em Santo Antônio

Ação foi promovida pelo Movimento Negro Unificado e busca fortalecer a identidade negra e a preservação ambiental

Leiagora

Projeto Baobás pelo Brasil: MPF participa do plantio simbólico de árvores ancestrais em Santo Antônio

Foto: assessoria

Em reconhecimento à atuação do Ministério Público Federal (MPF) no combate à intolerância religiosa e em prol de comunidades de terreiro e de um meio ambiente equilibrado, o Movimento Negro Unificado (MNU) convidou o órgão para visitar o território Ilê Asé Idasilè Opô Oluayê, no município de Santo Antônio de Leverger (MT), no último sábado (26). O local é um terreiro de matriz africana reconhecido como espaço sagrado de resistência cultural e religiosa.

Durante a visita, o procurador-chefe do MPF em Mato Grosso, Ricardo Pael Ardenghi, participou do plantio simbólico de mudas de baobá, ação que integra o projeto Baobás pelo Brasil. Criado pelo MNU, o projeto busca fortalecer a identidade negra e a preservação ambiental a partir do plantio de mudas daquela que é considerada uma árvore ancestral africana. “Não estamos apenas plantando uma árvore, mas firmando um pacto com o futuro”, destacou Mãe Rosana, em meio a cânticos e muita emoção.

A ação simboliza a luta contra o racismo religioso e a defesa dos direitos das comunidades tradicionais. “O baobá não é apenas uma árvore, mas um símbolo de raízes que conectam o Brasil à África. Proteger esses territórios é garantir dignidade e justiça para os povos de terreiro”, afirmou Pael durante a cerimônia.

O procurador-chefe considera que o projeto do MNU amplifica essa luta, pois além do plantio, promove debates sobre educação étnico-racial e sustentabilidade. “Enquanto o baobá recém-plantado busca suas raízes no solo mato-grossense, a esperança é que iniciativas como essa floresçam país afora, unindo justiça, fé e resistência”, concluiu Pael.

Comunidades Tradicionais - O Ilê Asé Idasilè Opô Oluayê é um dos espaços mais antigos da região, servindo como centro espiritual, cultural e de acolhimento para adeptos do candomblé e da umbanda. De acordo com o MPF, apesar de sua relevância, comunidades como essa enfrentam desafios como a pressão urbana, a intolerância religiosa e a falta de regularização fundiária.

O MPF tem atuado sistematicamente para assegurar a proteção legal desses territórios, combatendo violações como despejos ilegais, destruição ambiental e discriminação. Uma das principais ações do MPF nesse sentido, atualmente, é a Plataforma de Territórios Tradicionais, dentro do Projeto Territórios Vivos, em parceria com a Agência de Cooperação Alemã - GIZ e o Conselho Nacional de Povos Tradicionais - CNPCT. “Nosso papel é garantir que o Estado cumpra seu dever na preservação desses espaços, que são patrimônio cultural imaterial”, destacou o procurador-chefe da unidade do MPF no Mato Grosso.

Segundo Pael, os povos de terreiro desempenham papel crucial na manutenção de tradições africanas, muitas vezes ameaçadas pela expansão urbana desordenada e pelo preconceito. “A presença do MPF no Ilê Asé Idasilè reforça o compromisso institucional do órgão com essa comunidade tradicional”, concluiu o procurador.
 
Da assessoria
 
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