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Notícias / Polícia

08/05/2025 às 08:42

OPERAÇÃO POÇO SEM FUNDO

Servidores da Metamat são afastados por suspeita de irregularidades em contratos de perfuração de poços artesianos

Grupo composto por servidores, ex-servidores, empresários e empresas, causou prejuízo de pelo menos R$ 22 milhões aos cofres públicos

Eloany Nascimento

Servidores da Metamat são afastados por suspeita de irregularidades em contratos de perfuração de poços artesianos

Foto: divulgação/PJC-MT

A Operação Poço Sem Fundo, realizada na manhã desta quinta-feira (8), levou ao afastamento de servidores da Companhia Mato-Grossense de Mineração (Metamat). Os investigados são suspeitos de envolvimento em um esquema que causou prejuízo de pelo menos R$ 22 milhões por meio de fraudes em contratos para perfuração de poços artesianos.

Entre os alvos da operação estão seis empresas e 24 pessoas físicas, dentre elas 16 são servidores ou ex-servidores, e oito são empresários.

De acordo com a Polícia Civil, os servidores fazem parte de uma associação criminosa instalada na Metamat, cujo objetivo era desviar recursos públicos destinados à construção e manutenção de poços para abastecimento de comunidades rurais do Mato Grosso, entre 2020 e 2023.

As auditorias realizadas pela Controladoria Geral do Estado apontaram diversas irregularidades na execução dessas obras. Foram identificados poços que não estavam nos locais indicados, perfurações realizadas sem condições adequadas para armazenamento de água, além de casos em que moradores improvisaram métodos rudimentares para acessar a água.

Também foram constatados poços construídos em propriedades particulares, áreas de pastagens, plantações, garimpos e até dentro de uma granja, além de unidades em áreas urbanas, contrariando o objetivo de atender às comunidades rurais. As investigações revelaram ainda falhas na fiscalização e na execução das obras, resultando no pagamento por poços secos ou improdutivos.

Diante dessas irregularidades, a Justiça determinou o afastamento dos servidores envolvidos e aplicou medidas cautelares diversas da prisão. Os investigados estão proibidos de manter contato entre si, de acessarem as dependências da Metamat e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, além de terem seus passaportes recolhidos.

A Justiça também proibiu o Poder Público Estadual de nomear ou contratar os investigados para cargos na administração pública estadual.

 
Com informações da assessoria/Polícia Civil
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