Os advogados Felipe Maia e Geraldo Bahia Filho, responsáveis pela defesa dos empresários Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Basto, acusados de serem os mandantes do assassinato do ex-presidente da OAB-MT, Renato Nery, afirmaram nesta sexta-feira (9) que a prisão do casal é um equívoco e que eles ainda estão analisando os autos do processo para definir os próximos passos.
Os empresários foram presos em um condomínio de luxo em Primavera do Leste e encaminhados à sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá. Segundo a defesa, os dois optaram por permanecer em silêncio durante o interrogatório.
“Ficaram em silêncio. Temos interesse em esclarecer os fatos, mas precisamos entender o que há ou não nos autos. Seria irresponsabilidade da nossa parte emitir qualquer declaração conclusiva sem conhecer o conteúdo integral do processo”, pontuou a defesa.
Ainda conforme os advogados, os clientes negam qualquer envolvimento com o crime e colaboraram com as investigações desde o início. “Antes mesmo da prisão, eles se colocaram à disposição. O César compareceu espontaneamente, colocou a tornozeleira como já havia sido antecipado, entregou celular e senha, manteve o endereço atualizado. A Julinere também veio no começo do ano e sempre se manteve tranquila quanto ao esclarecimento dos fatos”, relatou a defesa.
Os advogados ainda classificaram como “um equívoco” a decisão que determinou a prisão temporária do casal. “Estamos falando de dois empresários conhecidos, com endereço fixo, que colaboraram em todas as etapas. Não vemos elementos concretos que justifiquem uma prisão neste momento”, disse.
A Polícia Civil aponta o casal como os mandantes do assassinato do advogado, crime supostamente motivado por disputa de terras. O inquérito indica que os empresários pagaram R$ 150 mil em espécie, de forma fracionada, a um intermediário, que por sua vez contratou o executor.
Até agora, já foram indiciados pelo homicídio triplamente qualificado o policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, que confessou o crime, e o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, apontado como o executor.
As investigações seguem sob responsabilidade do delegado Bruno Abreu, e o inquérito está em fase de conclusão. A defesa aguarda acesso integral aos autos para apresentar manifestação formal ao Judiciário.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.
Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.