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21/05/2025 às 18:05

FECHAMENTO DE ESPAÇO

Vídeo | 'Acredito que o Abilio tem esse olhar, é casado com uma mulher participante', diz Ranalli sobre acolhimento a vítimas

Vereador é contra fechamento de unidades nas UPAs e usa laço conjugal como indício de compromisso do prefeito com o tema

Da Redação - Vanessa Araujo / Da Reportagem Local - Leticia Avalos

<Font color=Orange> Vídeo </font color> | 'Acredito que o Abilio tem esse olhar, é casado com uma mulher participante', diz Ranalli sobre acolhimento a vítimas

Foto: assessoria

O vereador Rafael Ranalli (PL) afirmou ser contrário ao fechamento do Espaço de Acolhimento à Mulher nas UPAs dos bairros Verdão e Leblon, em Cuiabá, mas evitou entrar no mérito da gestão. Para justificar sua confiança de que o prefeito Abilio Brunini (PL) manterá o serviço, recorreu a uma explicação inusitada: o fato de o chefe do Executivo ser casado com uma vereadora.

“Não concordo [com o fechamento], acho que a mulher tem que ter essa atenção especial, diferenciada, ainda mais quando tá nesse momento mais fragilizada. Mas eu acredito, sim, que o Abilio tem esse olhar, é casado com uma mulher participante aqui na Câmara”, disse Ranalli, referindo-se à parlamentar Samantha Íris (PL).

Em março, o prefeito determinou a transferência dos atendimentos para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), sob a justificativa de que o serviço funcionava em local inadequado, comprometendo o fluxo da sala vermelha, setor destinado a urgências e emergências.

Nesta segunda-feira (19), o grupo “Nenhuma a Menos: Laboratório de Teorias e Práticas Feministas e Antirracistas de Enfrentamento às Violências Contra Mulheres e Meninas” informou ter protocolado denúncia formal sobre o caso em diversas instituições, incluindo Ministério Público, CEMulher do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Tribunal de Contas do Estado, Defensoria Pública e Câmara Municipal.

O Ministério Público de Mato Grosso instaurou uma notícia de fato para apurar a denúncia mais recente: a falta de equipes técnicas no HMC para prestar os devidos atendimentos às mulheres vítimas de violência. O procedimento foi aberto após o fechamento das duas unidades de acolhimento nas UPAs, concentrando todo o atendimento no hospital.

A promotora responsável, Claire Vogel Dutra, considerou que a centralização compromete o acesso pleno aos serviços, especialmente diante das dificuldades de locomoção enfrentadas pelas vítimas. Há também relatos de mulheres atendidas pelo Espaço Caliandra, ligado ao Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, de que não há equipe técnica no HMC e que há atualmente uma lista de espera com cerca de 300 mulheres.
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