O jornalista e empresário Dorileo Leal afirmou à imprensa, nessa quarta-feira (28), que segue firme com a candidatura à presidência da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) e aguarda apenas a definição do interventor nomeado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a retomada do processo eleitoral.
Dirigente do Mixto SAF, Dorileo defendeu a renovação da FMF após dois mandatos consecutivos do ex-presidente Aron Dresch. “Meu nome foi colocado por um grupo de amigos, representantes de clubes, que tinham muito interesse em uma mudança, em dar um novo rumo ao futebol de modo geral. Nosso objetivo e nosso único interesse é transformar aquilo que vinha sendo feito há muitos anos”, afirmou.
A eleição, que estava marcada para o dia 3 de maio, foi suspensa por decisão judicial após a juíza plantonista Glenda Moreira Borges acatar um pedido da Associação Camponovense Celeiro de Futebol (ACCF), que apontou supostas irregularidades no processo eleitoral. A federação chegou anunciar uma nova data, mas novamente a justiça barrou e o processo eleitoral segue suspenso e sem data.
Segundo as denúncias, Dresch estaria tentando burlar o estatuto da FMF ao tentar disputar um terceiro mandato consecutivo — o que é vedado pelo artigo 23 do regimento interno, que prevê mandatos de quatro anos, com possibilidade de apenas uma reeleição.
Para, supostamente, se beneficiar na eleição, Dresch teria excluído a ACCF do colégio eleitoral, já que a associação havia declarado apoio à chapa de oposição “Federação Para Todos”, encabeçada por Dorileo.
O empresário relembrou os tempos em que a Federação foi comanda por Carlos Orione, que ficou quase 34 anos no comando da entidade. De acordo com Dorileo, Dresch caminha para ficar 12 anos à frente da entidade. "Eu acredito que o futebol precisa ser renovado, oxigenado. E foi por isso que coloquei meu nome à disposição”, declarou.
No domingo (25), a Justiça nomeou o advogado Thiago Dayan da Luz Barros como presidente interino da FMF, uma vez que o mandato de Aron já venceu, e aguarda que a CBF defina o interventor. Segundo Dorileo, o escolhido deve ser de outro estado, “com a missão de normalizar todo o processo e convocar novas eleições com regras claras, transparentes e límpidas”.
(1).png "À esquerda, Dorileo Leal; à direita, Aron Dresch")
