O deputado federal e pré-candidato ao Senado por Mato Grosso, José Medeiros (PL), voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que o Brasil vive um processo de “venezuelização”, em que os poderes Legislativo e Executivo teriam perdido protagonismo para decisões individuais de ministros da Corte.
Segundo Medeiros, o Senado tem papel essencial na contenção de excessos do Judiciário, mas faltaria coragem à maioria dos parlamentares para enfrentar os ministros. “O que está acontecendo no Brasil é uma coisa surreal. Estamos sendo vítimas de um processo de ‘venezuelização’ do país, em que a Câmara e o Senado não têm poder algum e hoje as coisas são decididas ao bel-prazer da cabeça de cada ministro do STF”, declarou.
O parlamentar, que conta com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, defende que, em 2026, a população eleja senadores dispostos a “convocar ministros” e até “pedir impeachment”, quando houver, segundo ele, abuso de autoridade. Medeiros afirmou já ter protocolado cinco pedidos de impeachment contra ministros do STF durante seu mandato na Câmara.
“Hoje o Brasil está desequilibrado. Não há segurança jurídica. Tem gente de tudo quanto é lugar de Mato Grosso presa, com processos que nem consegue acessar. E a grande maioria dos senadores não tem coragem de falar um ‘a’. Precisamos trocar boa parte daquele material que está lá”, disse.
Ao criticar o que considera excessos do STF, Medeiros ironizou a atuação dos ministros: “Lá tem mais de onze Constituições. Cada cabeça de ministro é uma ou duas, dependendo da capa do processo”.
O discurso do deputado reforça a pauta de enfrentamento ao Judiciário, comum entre apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, e antecipa o tom que deve marcar sua campanha ao Senado em 2026.
Da assessoria