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Notícias / Esporte

10/06/2025 às 08:03

SALÁRIO DE CRAQUE

Agora Pod | Jogadores recebem até R$ 18 mil para atuar no Peladão e muitos preferem o amador ao profissional

O coordenador do torneio, Poli Kieske, revelou que há jogadores recebendo salários mensais fixos entre R$ 10 mil e R$ 12 mil

Alline Marques e Giovanna Baiocco

Agora Pod  | Jogadores recebem até R$ 18 mil para atuar no Peladão e muitos preferem o amador ao profissional

Foto: Agora Pod / Leiagora

Tem jogador que sonha em chegar ao BID da CBF — o boletim que regulariza atletas para atuar como profissionais no Brasil. Mas, no Peladão, o maior campeonato de futebol amador do Brasil, tem atleta ganhando tanto ou mais do que no futebol profissional de Mato Grosso. E o que era para ser só uma “pelada” de bairro virou negócio sério.

Em entrevista ao Agora Pod, o coordenador do torneio, Poli Kieske, revelou que há jogadores recebendo salários mensais fixos entre R$ 10 mil e R$ 12 mil, com casos pontuais chegando a R$ 17 mil e até R$ 18 mil. “Já vi atleta ser pago só para assinar e jogar a fase final. Não vi o dinheiro, claro, mas estão ali, nos bastidores”, contou.

O fenômeno é simples de entender: no Peladão, o jogador pode atuar para diferentes equipes nas primeiras rodadas e faturar por cada jogo. “Tem atleta que joga no sábado à tarde, sábado à noite, domingo de manhã, domingo à tarde, domingo à noite. Cada um para um time, recebendo em todos”, explicou Poli. Depois da terceira rodada, a regra muda e os atletas precisam se vincular a um único time.

Para muitos jogadores, adiar a ida ao futebol profissional virou uma estratégia. Ao se inscrever no BID da CBF, o atleta se torna oficialmente profissional e perde o direito de disputar o Peladão no mesmo ano. “Aí bate a dúvida. Porque, às vezes, no Peladão ele tá ganhando muito mais do que ganharia num clube de Série D ou até Série B de MT”, pontuou o organizador.

Com premiações milionárias e uma estrutura cada vez mais robusta, o campeonato amador mais tradicional vem mostrando que o futebol da várzea não é só paixão — é também oportunidade e renda. E o mercado da bola, mesmo longe dos gramados oficiais, segue girando firme nos campos de terra e nos bairros que respiram futebol.

Poli brinca ainda que não só existe o mercado da bola como os times não negociam, eles tomam mesmo o jogador. "Não, não troca jogador, você toma, você rouba o jogador, você oferece mais. Não tem leva amizade. Se for pela amizade, ele vai jogar no time do bairro dele, dos amigos, dos parentes, mas é profissionalismo mesmo no Peladão", revelou. 

Assista a entrevista



 
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