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Notícias / Polícia

10/06/2025 às 13:32

'MENTE PERITA'

Ex-perito alvo de operação é irmão de Thays Machado e foi exonerado depois de suposta fraude em laudo

Ele foi dispensado da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) ainda em 2022, quando estava afastado, mas seguia atendendo serviços particulares

Luíza Vieira

Ex-perito alvo de operação é irmão de Thays Machado e foi exonerado depois de suposta fraude em laudo

Foto: Montagem / Leiagora

O ex-perito alvo de uma operação policial por fraudes em laudos periciais é Thyago Jorge Machado, irmão de Thays Machado — assassinada em janeiro de 2023 por Carlos Alberto Gomes Bezerra. Essa não é a primeira vez que o ex-servidor figura em denúncias de irregularidades. Ele foi exonerado da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) ainda em 2022, após ser investigado por adulterar um laudo sobre um atropelamento que resultou na morte de um verdureiro.

Na manhã desta terça-feira (10), a Delegacia de Sorriso (397 km de Cuiabá) deflagrou a 'Operação Mente Perita', com o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão. A ação investiga supostas fraudes em laudos técnicos usados em um processo cível envolvendo disputa por terras. Entre os alvos está Thyago.

Ex-servidor do Estado, ele é irmão da então servidora do Judiciário de Mato Grosso, Thays Machado, que foi vítima de feminicídio. Thays foi assassinada a tiros junto com o namorado, Willian César Moreno. O autor dos disparos é filho do ex-deputado federal Carlos Bezerra (MDB).

Thyago foi desligado do cargo — que, à época, lhe rendia um salário de cerca de R$ 25 mil — sob a acusação de ter forjado o laudo do atropelamento do verdureiro Francisco Lúcio Maia, ocorrido em abril de 2018, atribuído à médica Letícia Bortolini. Segundo as investigações, ele teria plagiado um documento de 2014. O laudo foi assinado por Thyago enquanto estava oficialmente afastado da Politec para qualificação, período em que atuava como responsável técnico em uma empresa privada.

O motivo formal da exoneração não foi a suposta fraude no laudo, mas o fato de exercer atividade profissional durante o afastamento remunerado.
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