O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, declarou nesta quarta-feira (12) que vê com bons olhos a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar fraudes envolvendo empréstimos consignados contratados por servidores públicos na Assembleia Legislativa (ALMT). A proposta tramita na Casa de Leis e já conta com apoio de parlamentares da base e da oposição.
Sob o comando de uma mesa técnica a fim de discutir junto ao estado, demais órgãos e autoridades, o conselheiro não acredita que uma ação possa substituir outra e sugere que tanto a mesa como a possível comissão especial possam se complementar ao longo dos desdobramentos das investigações.
“Eu entendo que todos os mecanismos são importantes. CPI é um mecanismo importante. A mesa técnica, existindo uma CPI, os resultados da mesa técnica pode ajudar muito a CPI. Eu entendo que todos os agentes, todos os entes precisam trabalhar e estar presentes. E estamos todos”, pontuou Sérgio Ricardo durante entrevista.
Questionado se, na condição de deputado, assinaria o requerimento de instalação da CPI, o conselheiro foi direto: “Não tenha dúvida, assinaria uma CPI sim”.
A fala do presidente do TCE ocorre no momento em que parlamentares da ALMT disputam protagonismo na condução da comissão. O deputado estadual Cláudio Henrique (Republicanos) e o também governista Gilberto Cattani (PL) tentam emplacar seus nomes como presidente da CPI, cuja criação já recebeu aval mínimo de assinaturas.
A crise dos consignados ganhou força após denúncias de servidores que descobriram empréstimos feitos em seus nomes sem autorização. O governo do Estado instaurou uma força-tarefa com a participação do TCE, do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e da Controladoria Geral do Estado (CGE), mas parte dos parlamentares defende que as investigações independentes na CPI são fundamentais para dar transparência ao caso e responsabilizar os envolvidos.
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