William Angonese afirmou em interrogatório que a namorada, Larissa Karolina Moreira, cometeu maus-tratos e matou felinos adotados, negando qualquer participação nos atos criminosos. Segundo ele, a investigada matou os gatos sob a justificativa de que o animal a teria arranhado. A mulher, por sua vez, negou e ainda jogou a culpa no companheiro.
A informação foi repassada exclusivamente ao Leiagora pelo delegado da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), Guilherme Pompeo. Conforme a autoridade, há indícios de que ambos praticaram o crime.
“Então, temos versões conflitantes e contraditórias. Um está imputando ao outro a prática do crime de maus-tratos que resultou em morte”, afirmou o delegado.
Larissa foi ouvida em interrogatório após sua prisão em flagrante. Conforme o delegado, ela negou a autoria dos fatos e afirmou que os maus-tratos com resultado de morte teriam sido praticados por ele, não por ela.
“Foi basicamente o que ela afirmou em interrogatório. Também apontou que ele teria praticado abusos sexuais contra determinados gatos e que ele seria o responsável pela morte dos animais”, revelou Pompeo.
O delegado explicou ainda que o suspeito não foi preso em flagrante porque se apresentou voluntariamente nesta quinta-feira (12). Ele prestou declarações e informou que a responsabilidade pela morte dos animais era de Larissa.
“Nada impede que, ao longo do inquérito, ao final da investigação, ele também seja responsabilizado junto com ela como a pessoa autor direto também do crime”, finalizou.
O caso
Larissa foi presa nesta sexta-feira (13), no bairro do Porto, em Cuiabá, sob suspeita de praticar zoofilia contra cães e gatos, além de ser acusada de matar os animais e registrar vídeos das ações criminosas. Até o momento, apenas um felino foi localizado.
O caso veio à tona após uma denúncia feita no início da semana pela presidente de uma ONG. Ela relatou que, após entregar um animal ao casal investigado, não conseguiu mais localizar o pet, nem por redes sociais ou telefone, além de receber ameaças verbais da suspeita.
A denunciante também informou que recebeu relatos de outros protetores de que esse mesmo casal estaria adotando gatos e, posteriormente, tendo as mesmas ações, sem dar satisfação sobre o estado dos animais que adotam.