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Notícias / Judiciário

16/06/2025 às 18:01

QUATRO DIAS DE VARREDURA

Comitiva do CNJ inspecionará TJMT no fim do mês; averiguação ocorre depois de magistrados locais estarem na mira da PF

Corregedoria terá acesso irrestrito aos sistemas do tribunal, podendo requisitar informações às autoridades e analisar documentos

Eloany Nascimento

Comitiva do CNJ inspecionará TJMT no fim do mês; averiguação ocorre depois de magistrados locais estarem na mira da PF

Foto: TJMT

A Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) realizará, no final deste mês, uma inspeção no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. A ação ocorre depois do escândalo envolvendo a acusação de venda de sentenças por dois desembargadores e um juiz, que estão afastados dos cargos. 

A decisão é do ministro Mauro Campbell Marques, corregedor nacional de justiça. A vistoria está prevista no calendário oficial do CNJ e será de 24 a 27 de junho de 2025. 

Durante os quatro dias de inspeção, a equipe da Corregedoria terá acesso irrestrito aos sistemas do tribunal, podendo requisitar informações às autoridades e analisar documentos. Os trabalhos forenses e os prazos processuais não serão suspensos durante a inspeção. 

Conforme o documento, a comitiva contará com nove pessoas e os trabalhos serão conduzidos pelo desembargador Arnoldo Camanho de Assis e pelo juiz de direito Lizandro Garcia Gomes Filho, ambos do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.  Diante disso, o tribunal deve disponibilizar uma sala para nove pessoas, equipada com computadores e internet para análise de documentos.

O Judiciário de Mato Grosso tem estado na mira da Polícia Federal desde a deflagração da 'Operação Sisamnes', que revelou o possível envolvimento de dois desembargadores do TJMT, Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, em um esquema de venda de sentenças. Os magistrados estão afastados e monitorados por tornozeleira eletrônica.

O caso veio à tona após a execução do advogado Roberto Zampieri no final de 2023, em Cuiabá, cujo celular revelou conversas comprometedoras com o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, expondo uma rede de corrupção que envolve magistrados e empresários. 

No mês passado, uma nova fase da operação foi deflagrada pela Polícia Federal tendo como principal alvo o  juiz Ivan Lúcio Amarante, da comarca de Vila Rica (a 1.126 km de Cuiabá). A suspeita é de que o magistrado tenha recebido vantagens indevidas no exercício da função para venda de sentenças. Conversas do aparelho de Zampieri também demonstravam uma relação estreita do advogado com o juiz para favorecimento em decisões judiciais. 
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