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Notícias / Agro e Economia

19/06/2025 às 09:49

CONTROLE DA INFLAÇÃO

BC sobe juros para 15% ao ano e sinaliza fim do ciclo de alta

Copom votou de forma unânime por alta de 0,25 ponto percentual

CNN

BC sobe juros para 15% ao ano e sinaliza fim do ciclo de alta

Foto: Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou, nesta quarta-feira (18), a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, a 15% ao ano. Este é o patamar mais elevado para os juros básicos do país desde maio de 2006, quando o colegiado os havia fixado em 15,25%. Os diretores votaram de forma unânime pela alta.

O Copom voltou a desacelerar a alta dos juros. Na reunião de maio, a elevação foi de 0,5 ponto, após três altas de 1 ponto anteriores. Esta é a sétima vez que os diretores do BC elevam a Selic desde a retomada do ciclo de aperto monetário em setembro de 2024.

Se os parâmetros observados pelo BC se confirmarem, o Copom antevê o fim do ciclo de alta dos juros nesta reunião, com objetivo de analisar os impactos e avaliar se o nível corrente da taxa de juros é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.

Se os parâmetros observados pelo BC se confirmarem, o Copom antevê o fim do ciclo de alta dos juros nesta reunião, com objetivo de analisar os impactos e avaliar se o nível corrente da taxa de juros é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.

Nesse comunicado, o BC passou a se referir ao período em que os juros se mantém elevados como "bastante prolongado".

"Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado", diz o Copom.

"O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado", pontua o comunicado do colegiado.

A autarquia eleva os juros básicos do país com o objetivo de controlar a inflação, isso por meio do encarecimento do crédito e, consequentemente, do controle da demanda. O BC persegue uma meta contínua de inflação de 3% ao ano.

Sobre os riscos para a inflação, o Copom segue observando os fatores que pesam tanto de alta quanto de baixa como "mais elevados do que o usual".

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, indicador oficial do país, registrou, no acumulado dos últimos 12 meses, alta de 5,32%, uma desaceleração em comparação com os 5,53% registrados no mês anterior.

O resultado desta quarta não veio em linha com a expectativa mediana do mercado apurada pelo boletim Focus. Segundo a pesquisa, os agentes econômicos esperavam uma manutenção nesta reunião.

Por outro lado, nos últimos dias, os investidores passaram a se posicionar em ativos ligados a apostas voltadas à alta dos juros. Algumas casas também revisaram seus posicionamentos, como o BTG Pactual.

"Os indicadores de atividade econômica seguiram resilientes, enquanto a inflação de serviços permaneceu pressionada, sem sinais mais consistentes de moderação. Esses fatores, somados à persistência da desancoragem das expectativas de inflação, reforçam nossa avaliação de que será necessário um ajuste residual na próxima reunião", apontou em relatório.

As últimas comunicações do BC vinham deixando a porta aberta para a possibilidade de novas altas. A sinalização mais clara - e que alimentou as apostas de que a Selic ainda poderia subir - veio do presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, no começo do mês.

“Estamos ainda discutindo o ciclo de alta, o que vamos tomar de decisão. A flexibilidade significa que nós estamos abertos a chegar na próxima reunião para tomar essa decisão sobre o que fazer”, disse Galípolo em evento do Centro de Debates de Políticas Públicas (CDPP).
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