Cuiabá, domingo, 13/07/2025
14:09:45
Dólar: 5,56
Euro: 6,5
informe o texto

Notícias / Polícia

24/06/2025 às 14:18

ALVO DE OPERAÇÃO

Vídeo | Ex-marqueteiro da Unimed aponta perseguição e denuncia que agentes públicos estão sendo 'comprados' pela cooperativa

Publicitário gravou vídeo e publicou nas redes sociais, momento em que se defendeu das acusações

Luíza Vieira

Vídeo | Ex-marqueteiro da Unimed aponta perseguição e denuncia que agentes públicos estão sendo 'comprados' pela cooperativa

Foto: montagem / Leiagora

O ex-marqueteiro da antiga diretoria da Unimed Cuiabá, Maurício Coelho, usou as redes sociais para se defender ao ter seu celular e computador apreendidos durante a 'Operação Short Code', deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (24). Ele afirmou estar sendo alvo de perseguições por ter descoberto supostos esquemas envolvendo integrantes da atual diretoria da cooperativa e agentes políticos.

A operação investiga o uso de ferramentas digitais para promover ataques difamatórios contra a atual gestão da Unimed Cuiabá. Mandados judiciais foram cumpridos em endereços localizados em Cuiabá e Aparecida de Goiânia (GO).

Leia tambémUnimed Cuiabá denuncia campanha difamatória após descoberta de rombo de R$ 400 milhões

Segundo a cooperativa, os ataques teriam começado com o envio de mensagens anônimas via WhatsApp e, posteriormente, passaram a ser veiculados publicamente por Maurício Coelho, por meio do site “Instituto Brasil Cooperado”, utilizado como plataforma para disseminação de conteúdos considerados caluniosos.

Nas redes sociais, Coelho afirmou que o "Brasil Cooperado" é uma associação de cooperados independentes e que todas as publicações feitas contam com documentos comprobatórios.

“Ao iniciarmos avaliações sobre acontecimentos na Unimed Cuiabá, começamos a sofrer perseguições em várias frentes e, no avançar de nossas investigações, entendemos os motivos: agentes públicos estão sendo comprados pela Unimed Cuiabá”, diz trecho da nota.

Em vídeo, o publicitário reforçou que a operação de busca e apreensão foi deflagrada após ele afirmar ter descoberto atos de corrupção envolvendo a atual gestão da Unimed e agentes políticos, acusando-os de “tráfico de influência”. Ele garantiu que os documentos que comprovariam as irregularidades estão seguros e prometeu que os envolvidos “pagarão por seus atos”.

“Os esquemas serão demonstrados. Essa gente vai para a cadeia. Mais do que isso, a turma que usa a caneta para servir de capataz do poderoso vai ter a justa paga”, concluiu.

Operação Short Code

A Operação Short Code teve como alvos antigos diretores da Unimed Cuiabá. A investigação aponta o uso de plataformas digitais para promover ataques difamatórios contra a atual diretoria da cooperativa.

Segundo a Polícia Civil, os conteúdos eram disparados em massa com informações falsas, assinadas pelo pseudônimo “Edmond Dantès” — personagem literário associado à ideia de vingança. A escolha do nome seria simbólica, usada para justificar os ataques.

Entre os crimes apurados estão associação criminosa, calúnia, difamação e injúria, todos em suas formas qualificadas. As ordens judiciais autorizam buscas e apreensões de dispositivos eletrônicos, além do afastamento do sigilo de dados telemáticos dos investigados, o que pode revelar toda a cadeia de produção e envio das mensagens.

A motivação, de acordo com os investigadores, seria retaliação à nova diretoria da Unimed, que denunciou um rombo de R$ 400 milhões nas contas da cooperativa referente ao exercício de 2022, período em que os alvos da operação estavam na gestão.

Escândalos anteriores

A Justiça Federal também analisa denúncia contra o ex-presidente da Unimed Cuiabá, Rubens de Oliveira, e outros cinco ex-diretores. Eles são acusados de envolvimento em uma fraude milionária de R$ 400 milhões.

Os ex-integrantes da diretoria são denunciados por sete crimes de falsidade ideológica. Além de Rubens, estão entre os denunciados a ex-diretora administrativo-financeira Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma; a antiga chefe do departamento jurídico, Jaqueline Larréa; o ex-CEO Eroaldo de Oliveira; a ex-superintendente Ana Paula Parizzotto, e a ex-chefe do Núcleo de Monitoramento de Normas, Tatiana Bassan.

Confira a nota na íntegra:

O Instituto Brasil Cooperado é a maior associação de cooperados independentes do Brasil e tudo o que publicamos o fazemos com documentos e provas. Ao iniciarmos avaliações sobre acontecimentos na Unimed Cuiabá, começamos a sofrer perseguições em várias frentes e, no avançar de nossas investigações, entendemos os motivos: agentes públicos estão sendo comprados pela Unimed Cuiabá.

Estamos, sim, diante do arbítrio. A busca e apreensão dos computadores e celulares do presidente do Instituto e de um diretor que mora em Goiás foram feitas, coincidentemente, apenas uma semana após avisarmos ao grande público o teor dos documentos aos quais tivemos acesso e que, em breve, se tornariam um escândalo nacional.

A Unimed Cuiabá – que foge ao debate – usa de tráfico de influência e corrupção ativa para jogar o poder público contra nós. Garantimos que todos os envolvidos serão, paulatinamente, expostos em âmbito nacional e processados nas devidas esferas.

Frise-se: todas essas falas serão provadas.

 

 
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet