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Notícias / Agro e Economia

30/06/2025 às 17:48

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Inteligência artificial 'degusta' carne: pesquisadores de MT criam tecnologia que avalia maciez em tempo real

A solução combina espectroscopia por reflectância — técnica que utiliza luz visível e invisível para interagir com a carne — e algoritmos de inteligência artificial baseados em redes neurais profundas

Leiagora

Inteligência artificial 'degusta' carne: pesquisadores de MT criam tecnologia que avalia maciez em tempo real

Foto: Arquivo/Pesquisa

Pesquisadores da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) desenvolveram uma tecnologia inovadora que promete transformar a indústria da carne. Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), foi criado um protótipo portátil e não invasivo capaz de avaliar, em tempo real, a maciez e a qualidade da carne bovina na linha de produção, sem a necessidade de cortes ou testes destrutivos.

A solução combina espectroscopia por reflectância — técnica que utiliza luz visível e invisível para interagir com a carne — e algoritmos de inteligência artificial baseados em redes neurais profundas (deep learning). O equipamento capta imagens multiespectrais e analisa, com mais de 80% de precisão, parâmetros como gordura, umidade e estrutura das fibras musculares, tradicionalmente avaliados por métodos invasivos como a força de cisalhamento.

Financiado por meio do edital “Pesquisa Aplicada – Cadeias Produtivas de Mato Grosso”, o projeto avança nos níveis de maturidade tecnológica e já conta com um protótipo funcional (TRL 4). A ferramenta pode ser integrada diretamente ao ambiente industrial, dispensando o envio de amostras para análise laboratorial, o que representa ganho em tempo, redução de custos e eliminação de perdas.

“Estamos falando de uma tecnologia capaz de prever a maciez da carne com alta confiabilidade, sem necessidade de manipulação física do alimento. Isso possibilita decisões em tempo real na indústria e estabelece um novo padrão para o controle de qualidade da carne brasileira”, explicam os coordenadores da pesquisa, doutores Heinsten Frederich Leal dos Santos e Angelo Polizel Neto.

O estudo também estruturou um banco de dados robusto, associando as informações ópticas a variáveis físicas reais da carne. Isso permite criar um modelo automatizado e confiável, com potencial para rastrear a carne desde a produção até o consumidor final, agregando valor para frigoríficos, varejistas e importadores.

A tecnologia desenvolvida em Mato Grosso insere-se no conceito de Indústria 4.0 e atende a diversas metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, como consumo responsável, inovação industrial e agricultura sustentável. “Essa inovação reforça o posicionamento da cadeia produtiva da carne bovina brasileira como referência em sustentabilidade, eficiência produtiva e uso de tecnologia de ponta”, conclui Heinsten.

 
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