A deputada Profa. Graciele (PT), que ocupa temporariamente a vaga de Lúdio Cabral (PT) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), afirmou que pretende disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2026. Ela também defendeu que a ex-deputada federal Rosa Neide (PT) retorne à disputa, compondo uma chapa competitiva do campo progressista.
Apesar de se colocar como pré-candidata, Graciele foi cautelosa ao falar sobre a eleição. “A princípio, o cargo que está em mente é o de deputada federal, considerando todo o cenário de discussão, inclusive no campo progressista de Mato Grosso. Mas preciso dizer que muita coisa ainda pode acontecer, então isso não é uma certeza. É óbvio que isso pode mudar em algum momento”, ponderou, em entrevista na quarta-feira (2).
Sobre o futuro de Rosa Neide, a deputada defendeu que a ex-parlamentar deve disputar novamente uma vaga na Câmara dos Deputados, mesmo diante das articulações que cogitam seu nome como suplente na possível chapa de reeleição ao Senado do ministro Carlos Fávaro (PSD).
Segundo Graciele, a candidatura de Rosa seria uma forma de “compensar” a perda sofrida pelo campo progressista em 2022. Na ocasião, Rosa Neide foi a candidata a deputada federal mais votada em Mato Grosso — com mais de 124 mil votos —, mas não se elegeu devido à fragilidade da chapa proporcional petista.
“Rosa Neide é uma perda para Mato Grosso que até hoje eu não superei, e acredito que boa parte das educadoras, das servidoras públicas, das mulheres também não superaram. A gente precisa recuperar isso para o estado”, afirmou.
Ao final, Graciele aproveitou para cobrar mais articulação do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso, fazendo um alerta direto à sigla sobre a necessidade de reagir à movimentação de outras legendas. “O PT, que é o meu partido e eu me incluo nisso, precisa ter urgência nesse debate. Tem vários partidos se movimentando. Não à toa, também recebi propostas de quatro siglas diferentes para mudança de partido. Isso mostra que eles estão procurando seus quadros, e obviamente é uma tarefa que o PT também precisa fazer”, concluiu.