O servidor da prefeitura de Novo São Joaquim (MT), Wanderlan Gondim Silveira, foi demitido após a circulação de um vídeo em que o servidor aparece se masturbando dentro do gabinete, utilizando o computador funcional.
A demissão por justa causa ocorreu após a conclusão do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e foi publicada nesta quarta-feira (03), no Diário Oficial da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM). A decisão é do prefeito Leonardo Faria Zampa.
A conduta foi considerada “gravíssima e absolutamente incompatível com o decoro exigido para o exercício de função pública”, conforme consta no parecer final da comissão responsável pelo PAD.
De acordo com a decisão publicada, o prefeito rejeitou todas as teses defensivas apresentadas por Wanderlan e acolheu integralmente o relatório da comissão, que apontou violação aos artigos 148, XVII, e 150, I, III e IX do Estatuto dos Servidores Públicos Municipais, recomendando a penalidade máxima: demissão com fundamento nos arts. 157, V e 161, I, IV, V e VII.
Além da prática de ato sexual no local de trabalho, o processo também apurou a presença de imagens pornográficas com o rosto do servidor armazenadas em equipamentos da prefeitura, inclusive em computadores da Assistência Social. Segundo o despacho do prefeito, “não se pode normalizar esse tipo de conduta”, especialmente dentro de um órgão público.
A demissão de Wanderlan Gondim Silveira deverá ser registrada na ficha funcional do servidor, e a prefeitura já iniciou os trâmites internos para formalizar a vacância do cargo.
Histórico de problemas
Antes do recente episódio que resultou na demissão por justa causa, Wanderlan Gondim Silveira já vinha colecionando controvérsias em sua trajetória funcional. Em 2016, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso autorizou seu retorno ao cargo de contador da Prefeitura de Novo São Joaquim após afastamento judicial — ele era acusado de assediar sexualmente até seis servidoras, por meio de comentários sexualmente explícitos e oferta de dinheiro em troca de favores sexuais.
Na ocasião, o Ministério Público Estadual apontou que Wanderla usava sua condição de contador — e o poder inerente ao cargo — para intimidar colegas, muitas das quais eram comissionadas e receavam pela própria permanência no serviço público . Ainda segundo a denúncia, ele teria oferecido dinheiro às vítimas, configurando coerção de cunho sexual.