O cantor Kanye West, também conhecido como Ye, teve a entrada na Austrália proibida, marcando mais uma repercussão significativa de suas controversas declarações e ações. A decisão de barrar o rapper e designer foi anunciada pelo ministro de Assuntos Internos do país, Tony Burke, que revelou o cancelamento do visto válido de West após o lançamento de uma música chamada Heil Hitler, no início de maio.
Kanye West é casado com a australiana Bianca Censori, então costumava viajar com frequência ao país da Oceania. No entanto, o ministro Burke foi enfático ao declarar que a Austrália não permitiria a entrada de alguém que defendesse que o antissemitismo.
“O que não é sustentável é importar ódio. A Austrália já tem problemas suficientes neste país sem importar deliberadamente o fanatismo”, afirmou Burke sobre a decisão.
De acordo com o ministro, West visitava a Austrália há muito tempo e tinha família no país, mas suas “muitas ofensas” levaram o país a reavaliar a situação. O ministro explicou que o visto cancelado era para uma visita pessoal. “Concluímos que não precisamos disso na Austrália”, defendeu o político.
A canção Heil Hitler faz parte do novo álbum de Kanye, inicialmente intitulado WW3 (sigla de Terceira Guerra Mundial), mas posteriormente mudado para In a Perfect World (Em um Mundo Perfeito, em tradução livre). Contudo, a música foi banida de todas as principais plataformas de streaming, como Spotify, Apple Music e Youtube.Kanye barrado também na moda
No mês de março, a Adidas anunciou que esgotou todo o estoque de produtos Yeezy, encerrando de vez a parceria com Kanye West. “Não há mais nenhum tênis Yeezy disponível”, declarou o diretor financeiro da marca, Harm Ohlmeyer.
A relação entre a Adidas e o rapper teve seu fim em 2022, após uma série de comentários antissemitas de West. Desde então, a marca esportiva promove estratégias para liquidar os produtos remanescentes da linha Yeezy, com parte dos lucros direcionada a organizações de combate ao discurso de ódio.
Em 2023, a marca esportiva teve um prejuízo líquido anual de 58 milhões de euros, o primeiro em mais de 30 anos. O alto valor foi atribuído ao fim da parceria com o rapper, já que a marca ficou com um estoque avaliado em 1,2 bilhão de euros em vendas, só agora zerado.