O cooperativismo, que já é responsável por abarcar 44% do setor agropecuário de Mato Grosso, trabalha para encontrar novas frentes de negócios, tanto no setor produtivo, como em iniciativas de empreendedorismo de outras áreas no estado. Os novos rumos foram tratados pelo superintendente do Sistema OCB/MT, Frederico Azevedo e Silva, em entrevista ao Agora Pod nesta semana.
Considerado o ‘segundo passo’ para o setor agropecuário de Mato Grosso, a industrialização da produção em território estadual pode ser bem conduzida, na opinião de Azevedo, se feita através de cooperados.
“Um ponto que a gente tem batido bastante com as cooperativas agropecuárias é como que a gente consegue também criar uma fase dois para Mato Grosso, de industrializar essa produção. Nossas cooperativas agropecuárias ainda estão muito na compra conjunta, na venda conjunta. Mas e o passo dois dentro da industrialização do etanol? De uma esmagadora, de um conjunto de produtores pra fazer etanol de milho, confinamento ou outros tipos de cultura?”, apontou o superintendente.
No empreendedorismo, destacou as iniciativas quanto ao transporte autônomo, atividade que é dominada majoritariamente por empresas estrangeiras no país. Segundo Frederico Azevedo, o ganho para que empreende de forma cooperada no setor pode ser bem diferente do que tendo que devolver um percentual do que o profissional ganha para a terceirizada.
“Cito pra você uma baita oportunidade que pode ser gerada para pessoas interessadas nisso, que é a própria questão do transporte autônomo hoje, que temos dentro do Brasil. A gente sabe que existe uma grande plataforma aí que lida com isso. E não raro a gente ouve aí o próprio motorista dizendo: ‘poxa, do que você me pagou eu vou receber 30%, 40% a menos’”.
A orientação a grupos de interessados em tornar a atividade mais rentável por meio de cooperativas tem sido feita pelo Sistema OCB/MT e já tem gerado resultados.
“A gente tem falado isso pras pessoas: se juntasse um grupo de autônomos que tenham seus veículos, eles podem fazer um p0ta de um ganho, de ter um veículo um pouco melhor, um tratamento um pouco melhor. Porque, esse diferencial desse resultado que está ficando para o terceirizado, que não é uma empresa nem brasileira, o resultado não fica aqui. Por que não ter essa possibilidade de juntar essas pessoas pra poder montar uma plataforma nesse sentido? Já existem algumas iniciativas que eles se juntaram e montaram um aplicativo e roda”, exemplificou.
Outra alternativa apontada pelo Azevedo foi quanto ao setor de tecnologia, de desenvolvimento de soluções de programas.
“Mato Grosso cresce com o PIB chinês, mas o tanto de oportunidade que a gente vê por exemplo em programação. Uma cooperativa que faça esse serviço de programação, de tecnologia pro mercado. Hoje, você tem cooperativa fazendo esse serviço de forma muito boa e que o cooperado não precisa necessariamente estar em Mato Grosso”.
Confira a entrevista
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