O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) descartou qualquer possibilidade de se filiar ao Partido Liberal (PL) com o objetivo de disputar o Governo de Mato Grosso nas eleições de 2026. O convite havia sido feito pelo prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), que condicionou seu apoio à candidatura de Pivetta à migração para a sigla.
Após se reunir com o prefeito na manhã desta quarta-feira (17), o vice-governador negou que o tema tenha sido mencionado durante a conversa. “Não falamos sobre isso. Não passa pela minha cabeça. Nós estamos trabalhando e dialogando com os gestores atuais, e o Abilio é um deles”, disse Pivetta, justificando que a reunião foi especialmente voltada à questões de gestão.
O republicano afirmou que as articulações em torno de sua candidatura estão paralisadas em razão de suas responsabilidades como gestor e ponderou que o momento decisivo para as movimentações políticas será somente no próximo ano, com a abertura da janela partidária.
“Eu não estou entrando [nas articulações], estou tocando a vida e trabalhando. Vamos ver no ano que vem. Campanha é no ano que vem, as coligações se darão no ano que vem. Estou trabalhando e valorizando todos aqueles companheiros que até agora caminharam conosco. O PL é um partido que esteve ao nosso lado em 2022, então, vamos aguardar os fatos”, declarou.
Questionado sobre a sua relação com o senador Jayme Campos (União), seu possível rival no pleito de 2026, Pivetta comentou que possui uma relação amigável com o parlamentar e ainda mencionou uma aliança política entre os dois em 1990.
“O senador Jayme Campos é meu vizinho. Eu fui coordenador da campanha dele em Lucas do Rio Verde, em 1990. Eu fui apresentador no palanque, quando ele chegou lá para fazer o comício, eu fui apresentador, locutor, isso aí. Já apoiamos ele. O tempo que nós estamos vivendo ele está no Senado Federal desempenhando um bom papel em favor de Mato Grosso. Eu não vou travar embates com o senador Jayme Campos porque ele participa da nossa aliança política. É do mesmo partido do Mauro, respeitado. Tenho minhas posições, respeito às deles e vamos embora”, disse.
Mesmo com a suposta proximidade, o vice-governador esclareceu que os dois ainda não discutiram suas posições para 2026, nem fizeram propostas um ao outro para recuarem de um eventual embate nas urnas.
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