O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) criticou a condução de investigações contra parlamentares, se posicionando a favor da PEC das Prerrogativas. Para ele, o país vive sob um “tribunal de exceção”, no qual deputados estariam sendo punidos não por corrupção, mas por opiniões políticas.
Segundo Cattani, inquéritos instaurados sem provocação formal do Ministério Público “pegam mal”. Ainda na avaliação do parlamentar, as investigações não são por corrupção. “Os deputados estão investigados e condenados, indo para a cadeia, por se manifestarem, coisa que a nossa constituição nos garante”, disse.
Questionado sobre o teor da PEC da Prerrogativa que exige votação secreta e maioria absoluta para autorizar investigações contra parlamentares, o deputado admitiu que pode haver exageros em alguns pontos, mas avaliou que a medida serviria para resguardar a independência do Legislativo. “Se eu estivesse lá, votaria favorável, porque estamos vivendo um tempo de tribunal de exceção”, afirmou.
Cattani também comentou o julgamento de Bolsonaro e elogiou a atuação do ministro Luiz Fux, a quem chamou de técnico e fiel à Constituição. Para o deputado, a condenação do ex-presidente foi injusta. “Como condenar alguém que nunca roubou 50 centavos, enquanto corruptos condenados e com dinheiro devolvido estão soltos?”, questionou.
Sobre o estado de saúde de Bolsonaro, Cattani disse não ter informações detalhadas, mas afirmou que o ex-presidente segue incomunicável e ainda sofre as consequências da facada sofrida em 2018. Ele repudiou as críticas de que a situação seria uma “artimanha” para evitar a prisão.
O deputado também reagiu a declarações do presidente nacional do PL, Waldemar da Costa Neto, sobre suposta tentativa de golpe de Estado. Para Cattani, a fala gerou confusão. “Você não faz golpe depois de sair do poder, entregando cargos das Forças Armadas a quem venceu a eleição. Isso é uma falácia, uma vergonha para o nosso país”, declarou.
Ao concluir, Cattani defendeu que o processo contra Bolsonaro seja anulado. “Ele nunca fez nada de ruim. Anistia é para quem cometeu erro. No caso dele, o justo seria a anulação ", finalizou.
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