A senadora Margareth Buzetti (PP) comunicou que vai se licenciar do mandato no Senado Federal a partir de 1º de outubro. Com a decisão, assume a vaga o segundo suplente da chapa, José Lacerda (PSD). A saída ocorre em meio a votações polêmicas no Congresso, como o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da “blindagem”. Pré-candidata ao Senado em 2026, sem alinhamento político com o partido que detém a cadeira, Buzetti deixa a cena em um momento estratégico.
Ela ocupou o Senado pela primeira vez em 2022, por 120 dias, e voltou em 2023, após o titular, Carlos Fávaro (PSD), assumir o Ministério da Agricultura no governo Lula (PT).
Desde o mês passado, Buzetti não integra mais o PSD e retornou ao Progressistas. Com isso, diante de votações decisivas, o partido poderá contar com Lacerda, mais próximo das ideias de Fávaro, ou até mesmo em momento posterior com o próprio ministro reassumindo o mandato para reforçar a articulação política e consolidar sua pré-campanha à reeleição.
Ao anunciar a licença, explicou que pretende se dedicar à reestruturação do Progressistas, mirando 2026.
“Vou me dedicar e contribuir com o Partido Progressista na sua estruturação para as eleições de 2026, ajudando a preparar o projeto político e eleitoral que teremos pela frente”, disse.
Segundo a senadora, a decisão de se afastar está ligada ao cumprimento das metas legislativas que havia estabelecido para este ano.
Pautas polêmicas
Na semana passada, a Câmara aprovou o requerimento de urgência para o Projeto de Lei 2162/23, que trata da anistia a participantes das manifestações que culminaram nos ataques aos Três Poderes. Foram 311 votos favoráveis, 163 contrários e 7 abstenções. A votação final ainda não tem data e, se aprovado, o texto precisará passar pelo Senado.
Já a PEC da blindagem, que amplia prerrogativas de parlamentares na Justiça ao restringir casos de prisão e condicionar ao aval do Legislativo a abertura de processos contra congressistas, está em análise no Senado. Para os defensores, trata-se de uma forma de resguardar o Parlamento. Os críticos, porém, veem na medida um caminho para ampliar a impunidade.
Com Assessoria
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