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24/09/2025 às 15:07

PREFEITO ‘IMPREVISÍVEL’

Vídeo | Júlio chama Abilio de ‘Mãe Dináh do Pantanal’ e ironiza previsão de que Jayme não se reelege

Deputado também criticou a postura ‘extremada’ do prefeito, que rejeita qualquer aproximação ou articulação com a centro-esquerda, mesmo que em prol de benefícios para Cuiabá

Da Redação - Leticia Avalos / Da Reportagem Local - Helder Douglas

Vídeo | Júlio chama Abilio de ‘Mãe Dináh do Pantanal’ e ironiza previsão de que Jayme não se reelege

Foto: Reprodução/Montagem Leiagora

O deputado estadual Júlio Campos (União) não poupou ironias ao responder às declarações do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), que decretou a derrota de seu irmão, o senador Jayme Campos (União), em uma eventual candidatura à reeleição em 2026. Júlio chamou Abilio de “Mãe Dináh do Pantanal” e zombou da sua tentativa de “prever o futuro”.

“Eu lamento profundamente, porque o nosso amigo Abilio está virando até vidente, né? Já vendo quem vai ganhar, quem vai perder a eleição. É uma verdadeira Mãe Dináh do Pantanal”, declarou o deputado na segunda-feira (23).

Confiante no capital político da família Campos e na carreira consistente do irmão, que nunca perdeu uma eleição, Júlio disparou: “Vamos aguardar as urnas”. Jayme, em seu segundo mandato seguido no Senado, também já foi governador de Mato Grosso e prefeito de Várzea Grande por três mandatos.

Dono de uma postura radical de direita, Abilio vem, há tempos, criticando o perfil conciliador dos irmãos Campos, que, embora também atuem no espectro da direita, têm trajetórias marcadas por alianças com partidos e grupos de centro e centro-esquerda.

Por sua vez, Júlio defendeu que “política é diálogo” e que as habilidades de articulação e conciliação são fundamentais para a sobrevivência política. Para ele, Abilio é uma espécie de enigma, dono de uma “cabeça que ninguém entende” e de um “radicalismo extremado” que mais atrapalha do que ajuda.

“Abilio é imprevisível. Eu vi até uma declaração esses dias em um site dizendo que, do jeito que vai, ele terá que cortar o braço esquerdo e depois a perna esquerda, de tão extremado que é”, disparou o deputado, em tom de sarcasmo.

Como exemplo, Júlio citou a prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), que, mesmo sendo bolsonarista, segundo ele, já entendeu o básico da cartilha republicana: procurou deputados, senadores, ministros de Lula e saiu de Brasília “entusiasmada” com o acolhimento.

Em Cuiabá, no entanto, não há sinais de que Abilio buscará diálogo com a União ou com parlamentares do PT, mesmo em prol de recursos e emendas para a população. O prefeito tem se posicionado enfaticamente contra qualquer aproximação com a esquerda. Inclusive impediu que qualquer pessoa de seu staff o faça, até mesmo sua vice-prefeita, Vânia Rosa (Novo), que mencionou a intenção há poucas semanas

Ainda assim, Júlio arriscou um conselho paternal e afirmou acreditar que, em algum momento, o prefeito “vai criar juízo” e compreender que a política exige diálogo. “O presidente da República é uma autoridade constituída, Mato Grosso e Cuiabá não vivem sem apoio do governo federal. Não é porque o governo é de centro-esquerda que nós, de centro-direita, seremos inimigos”, concluiu.

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