O deputado estadual Eduardo Botelho (União) afirmou que o prefeito Abilio Brunini (PL) precisa se concentrar em sua função de gestor e deixar de lado o “lado blogueiro” no TikTok. Sobre as emendas destinadas ao asfalto em Cuiabá, Botelho destacou que tem enviado recursos para a Capital e criticou o prefeito, que prometeu uma “gestão diferenciada”, mas, segundo ele, vem dificultando a atuação de opositores na Câmara Municipal.
Questionado a respeito da suposta fala de Abilio cobrando promessa de que asfaltaria toda a cidade, o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa rebateu com ironia.
“O Abilio precisa entender que ele é prefeito de Cuiabá. Parar de ficar só fazendo Tiktok, parar de ficar discursinho pampulha. Inclusive para enganar o povo, para o povo não olhar para os problemas de Cuiabá”, declarou.
Botelho foi novamente indagado sobre a destinação das emendas. Vale lembrar que ele disputou a Prefeitura de Cuiabá em 2024, mas acabou derrotado ainda no primeiro turno por Brunini e Lúdio Cabral (PT). Na campanha, uma de suas principais propostas era asfaltar 100% dos bairros da Capital com apoio de emendas parlamentares, promessa que hoje o atual prefeito cobra.
O deputado respondeu prontamente: “Todo mundo mandou emenda para Cuiabá. Não é falta de emenda, nós asfaltamos 13 bairros de Cuiabá, isso é trabalho meu. Estamos fazendo regularização fundiária, isso é trabalho meu. Os asfaltos que estão sendo feitos, isso é trabalho meu. Qual que é o dele? Ele é o prefeito”.
Na sequência, ele reforçou o aumento da arrecadação municipal e fez nova crítica à relação entre Executivo e Legislativo.
“A Prefeitura de Cuiabá aumentou muito a arrecadação. Vai arrecadar quase 5 bilhões. Poxa, isso representa em relação ao ano passado um bilhão a mais. E aí? Não vai dar de fazer as obras? Ele falou que vai ser diferente, que ele queria uma Câmara atuante. O vereador que fala alguma coisa dele, que pede uma investigação, informação, ele critica. Falar como Jayme Campos: dá uma de mãe diná, falando que nunca mais vai ser eleito”.
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