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08/10/2025 às 17:08

CONTINUAÇÃO DAS INVESTIGAÇÕES

Dias propõe segunda CPI da CS Mobi para apurar vícios durante a licitação

A partir de dossiê apresentado por Abilio, vereador classificou processo como “fora do comum”, “complexo” e com possíveis “vícios insanáveis”

Leticia Avalos

Dias propõe segunda CPI da CS Mobi para apurar vícios durante a licitação

Foto: Reprodução

O vereador Tenente-Coronel Dias (Cidadania) protocolou um pedido para criação de uma segunda Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a parceria entre a Prefeitura de Cuiabá e a empresa CS Mobi, firmada durante a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (PSD). Enquanto a primeira CPI se concentrou na análise do contrato firmado entre as partes, a nova investigação pretende apurar possíveis irregularidades e vícios no processo licitatório que antecedeu a assinatura do acordo.

Ao Leiagora, Dias contou que a solicitação de abertura da CPI foi registrada no sistema interno da Câmara na noite de segunda-feira (6) e, até o momento, conta com quatro assinaturas de vereadores. Conforme o regimento interno da Casa, são necessárias ao menos nove assinaturas para que a Comissão seja instaurada. O parlamentar, porém, afirmou estar confiante de que o número mínimo será atingido até a próxima semana. “Não tenho dúvida de que semana que vem alcança”.

A motivação da segunda CPI foi um dossiê apresentado pelo prefeito Abilio Brunini (PL) durante oitiva da CPI vigente, no dia 25 de setembro, que apontou falhas desde o princípio da parceria. As tratativas teriam tido início ainda em 2019, não diretamente com a empresa, mas por meio da Promulti. Dentre as supostas fraudes estariam o descumprimento de decreto que inviabilizaria o contrato e vantagens indevidas em licitação. 

Para Dias, as descobertas apresentadas por Abilio apontam para um processo de licitação “fora do comum”, “complexo” e com possíveis “vícios insanáveis”, já que, aparentemente, houve uma modelagem licitatória para um objeto específico, conforme sua avaliação. “Porque a empresa apresentou a proposta antes da prefeitura apresentar interesse em resolver um problema do município”, disse.

O vereador explicou que não aguardou a conclusão da CPI atual — que é presidida por Rafael Ranalli (PL) e composta, também, por Dilemário Alencar (União) e Maysa Leão (Republicanos) — porque os três componentes afirmaram que o dossiê de Abilio, que possui aproximadamente quatro mil páginas, não seria investigado em razão do curto prazo para conclusão da Comissão. 

O relatório final da CPI de Ranalli deve ser entregue nesta quarta-feira (8).
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