O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), sugeriu que os serviços de pediatria atualmente oferecidos no Hospital Estadual Santa Casa passem a funcionar no Centro Médico Infantil (CMI), cuja entrega está prevista para os próximos 30 dias. O gestor afirmou que já conversou com o governador Mauro Mendes (União) e com o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo (União), para apresentar a proposta.
“Eu estou conversando com o governador, talvez a gente migre os serviços da Santa Casa para o Centro Médico Infantil. Aí já viria o serviço da pediatria e tudo mais, mas a gente tem que conversar com o secretário de Estado de Saúde”, declarou.
“Se migrar toda aquela estrutura que tem lá para poder comportar, por exemplo, lá tem quatro pediatras. Nós temos sete consultórios de pediatria. Lá não tem atendimento odontológico 24 horas para criança. No Centro Médico Infantil tem. Lá tem três leitos de sala vermelha, três de sala amarela e seis de sala verde. Aqui nós vamos ter dez leitos de medicação, dez de sala verde, dez de sala amarela e dez de sala vermelha”, completou.
Brunini pretende realizar o que chamou de “marco” da obra do CMI neste domingo (12), em comemoração ao Dia das Crianças. Segundo ele, o objetivo é inaugurar o complexo em até um mês após o evento e transformá-lo em referência no atendimento pediátrico em Mato Grosso.
O prefeito destacou que a intenção é acelerar os trabalhos para que, em períodos de maior incidência de arboviroses, como ocorreu neste ano, quando as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ficaram superlotadas, as crianças já contêm com um centro especializado. Ele reforçou ainda que a estrutura contará com equipamentos modernos e assistência pediátrica completa, mantida com recursos municipais e investimentos do Estado.
Fechamento Santa Casa
A Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá encerrou as atividades em março de 2019, após enfrentar uma grave crise financeira que deixou muitos empregados sem receber salários por cerca de sete meses. Em maio do mesmo ano, o governo do Estado assumiu as instalações por meio de requisição administrativa e passou a operar o local como unidade estadual de saúde.
Desde então, o Executivo estadual já repassou cerca de R$ 32 milhões pelo uso da estrutura, valor destinado ao pagamento de salários atrasados e outras verbas trabalhistas. No entanto, os recursos foram insuficientes para quitar integralmente os débitos existentes, tornando a venda do imóvel essencial para a conclusão da execução e o pagamento das dívidas pendentes.
A prefeitura de Cuiabá até tentou angariar recursos para comprar o prédio, mas até o momento não obteve sucesso.
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