O governador Mauro Mendes (União Brasil) fez uma previsão caótica em relação às contas públicas federais, demonstrando pessimismo com as finanças do país. Segundo ele, as contas não irão fechar em 2027, desligando a máquina pública.
"Vai acontecer um caos fiscal no Brasil, o próprio TCU já falou sobre isso. Em 2027 vai ter ‘shutdown’ da máquina federal, ou seja, não vai ter dinheiro para pagar despesas correntes, vai começar a desligar a máquina pública federal, faltar dinheiro nas universidades, vai faltar dinheiro para um monte de coisa. Todo mundo sabe disso, todo mundo ouve falar disso e ninguém faz nada, é um absurdo isso." disse Mauro em coletiva de imprensa, na manhã de sexta-feira (31).
Tendo em vista o cenário eleitoral em 2026, o governador busca uma aproximação com a direita no país. Mauro tece críticas à atual gestão federal, comandada por um partido de esquerda (PT), criando certo alarmismo sobre a situação das finanças públicas, alegando paralisação nas contas públicas federais.
O orçamento para 2026 será de acordo com a delimitação do atual regime fiscal, o Novo Arcabouço Fiscal. O projeto apresenta metas anuais para o resultado primário (arrecadação menos despesas), para os orçamentos fiscal e da seguridade social. É em função do cumprimento dessas metas que será fixado quanto o governo pode gastar no ano seguinte.
A partir disso, entra em vigor a lógica de uma economia “residencial”, na qual é preciso “gastar menos do que recebe”, paulatinamente diminuindo o tamanho do Estado, ente este que produz a própria moeda, diferentemente da economia pessoal, onde é necessário receber o dinheiro para então gastar. Portanto, em tese o país não quebra por dívida interna, pois esta é paga com o dinheiro que ele mesmo fabrica, porém, para o cumprimento da atual regra fiscal, o cenário se torna outro.
Sempre que o resultado primário crescer dentro da banda estabelecida, no ano seguinte, o crescimento real da despesa será igual a 70% do crescimento real da receita primária, acumulada em 12 meses até junho. Essa possibilidade de aumento de gastos é limitada a um crescimento real da despesa de no mínimo 0,6% e no máximo de 2,5% ao ano.
"Vai ter que ter alguém lá nesse país que tenha coragem, primeiro de saber o que é certo, fazer o que é certo e ter uma estratégia para tornar isso uma realidade", constatou Mendes.
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