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Notícias / Agro e Economia

08/07/2018 às 17:00

Brasil inicia o maior projeto de pesquisa para desenvolver a aquicultura

Redação Leiagora

De acordo com os dados de 2014 do relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU), o consumo mundial na aquicultura é por volta de 20 kg por cada indivíduo, enquanto o de carne bovina atingiu menos da metade: 6,54 kg. Com esses números é fácil perceber como o mercado da pesca e da aquicultura é promissor no Brasil, ou seja, cresce de forma acelerada devido ao aumento da população e ainda as pessoas que buscam por alimentos saudáveis. Isso porque a população não chega a ingerir a quantidade recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que é de 12 quilos, o que representaria um impacto no consumo de mais de 5 mil toneladas.

Com esses dados, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Pesca e Aquicultura iniciou o maior projeto de pesquisa em aquicultura já realizado no Brasil. O projeto contará um total de R$ 57 milhões, sendo R$ 45 milhões financiados pelo banco estatal, R$ 6 milhões da Embrapa e R$ 6 milhões da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca. A pesquisa estudará quatro espécies, sendo elas a do tambaqui (Colossoma macropomum), tilápia (Oreochromis niloticus), camarão (Litopenaeus vannamei) e bijupirá (Rachycentron canadum), que apresentam grande demanda de mercado ou possuem alto potencial de produtividade.

Durante os quatro anos de duração do projeto, a meta é estabelecer a infraestrutura e a pesquisa científica necessárias para atender demandas do mercado de aquicultura. O BRS Aqua, parceiro do projeto, envolve 22 centros de pesquisa, 50 parceiros públicos e 11 empresas privadas ? números que ainda devem aumentar ao longo de sua duração. Um verdadeiro marco em investimentos no tema, fruto da parceria entre Embrapa, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a atual Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, ligada à Presidência da República, (SEAP).

Um ponto importante destacar é que o projeto irá trabalhar no desenvolvimento de solu?es tecnológicas para o abate eficiente e humanitário de peixes, além disso padronizar e controlar a qualidade dos filés quanto ao uso de resíduos e coprodutos do processamento na elaboração de materiais com valor agregado.

Em Mato Grosso a criação de peixe de tanque facilitou por meio de uma lei sancionada no início deste ano. A lei 10.668 alterou algumas regulamentações, tais como a criação de espécies exóticas, como a Tilápia entre outras facilidades e desburocratização.

   

Por Laura Arruda

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