19/07/2018 às 09:12
Maisa Martinelli
O Parlamento israelense aprovou nesta quinta-feira (19) uma lei que define o país como um estado exclusivamente judeu, que protege a identidade judaica de Israel e prevê apenas o hebraico como língua oficial, reduzindo o árabe a uma categoria ?especial?.
A lei do ?Estado Nação? determina que ?Israel é a pátria histórica do povo judeu e eles têm um direito exclusivo à autodeterminação nacional?. A medida está causando polêmica entre os membros da minoria árabe, que consideram a medida racista e discriminatória.
A nova legislação foi aprovada em sessão no Knesset (Parlamento israelense) por 62 votos a favor, 55 contra e duas abstenções. O debate foi intenso, alguns parlamentares chegaram a gritar e rasgar papéis após as votações.
"Este é um momento determinante nos anais do sionismo e da história do Estado de Israel", afirmou o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
O projeto de lei foi aprovado logo depois do 70º aniversário da fundação do Estado de Israel, e estipula Jerusalém como sua única capital. O texto ainda determina que todos os judeus possuem o direito de migrar para Israel e obter a cidadania de acordo com as disposições da lei.
Também foram estabelecidos os símbolos nacionais: o hino Hatikva (adaptado de um poema judeu sobre o retorno do povo a Israel), a bandeira branca e azul com a Estrela de Davi no centro e um menorá (candelabro judeu) de sete braços com galhos de oliveira nos extremos.
Israel possui aproximadamente nove milhões de habitantes, desses 1,8 milhão são palestinos - cerca de 20% da população total.
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