O governo venezuelano anunciou a abertura de 3 mil restaurantes populares neste mês, com o intuito de oferecer refeições gratuitas a milhares de pessoas que, de acordo com o Executivo, seriam vítimas da ?guerra econômica? promovida pela oposição e por países contrários ao regime de Nicolás Maduro.

Segundo Aristóbulo Isturiz, ministro para as Comunidades, a medida foi tomada com o intuito de combater uma guerra que deixa um ?vazio no estômago? da população do país.

?Todo o povo deve saber que a guerra deixa feridas e que a guerra econômica caiu sobre a alimentação do nosso povo. Fazem de propósito. Abrem um vazio no estômago das pessoas para que elas reajam contra a revolução?, afirmou Isturiz. O ministro disse ainda que, neste mês, três mil restaurantes atenderam 626.328 pessoas, sendo 294.374 crianças.

De acordo com informações do ministro, cerca de seis mil restaurantes, criados pelo ex-presidente Hugo Chávez, morto em 2013, foram fechados, já que a Venezuela tinha atingido as metas do milênio fixadas pela Organização das Nações Unidas (ONU). ?Eles não eram mais necessários, mas esta ferida da guerra econômica nos obriga a reabri-los?, afirmou.

O governo abriu também 300 casas de ?recuperação nutricional? e outros 50 locais que disponibilizam três refeições por dia para 500 pessoas. Uma equipe multidisciplinar, formada por psicólogos, nutricionistas, médicos, entre outros, estão trabalhando nesses lugares para atender o público.

Segundo a Pesquisa sobre Condições de Vida, realizadas pelas principais universidades do país, mais da metade da população venezuelana vive em situação de extrema pobreza. Em média, os venezuelanos perderam 11 quilos em decorrência da situação precária que assola a nação, causando escassez de alimento e problemas econômicos.