Mato Grosso foi o estado que mais sofreu economicamente pela greve dos caminhoneiros. A produção industrial sofreu uma queda de 24% entre maio e junho, e cerca de R$150 milhões referentes ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deixaram de ser arrecadados nos últimos 50 dias, segundos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).

De acordo com o secretário Rogério Gallo, titular da Pasta, o recurso não pode ser recuperado, além de impactar o custeio da máquina pública, de aproximadamente R$120 milhões ao mês. A baixa arrecadação traz prejuízos também ao sistema de recuperação fiscal.

?Esta queda compromete os compromissos de curtíssimo prazo, mas medidas estão sendo tomadas tanto no controle da despesa quanto no incremento da receita, no combate à sonegação, para repor as perdas?, afirmou Gallo.

Segundo a Sefaz, os setores de combustíveis e energia foram os mais afetados pela paralisação dos caminhoneiros. Somente nos 11 dias da greve, cerca de R$80 milhões deixaram de entrar no caixa do Tesouro Estadual, representando uma perda de R$8 milhões por dia.

A situação continuou precária mesmo após a retomada das atividades dos caminhoneiros, já que o reabastecimento nos postos de combustíveis ainda demorou alguns dias para ser normalizado.

A energia também sofreu consequências da greve, pois grandes consumidores ficaram sem o recebimento de matérias-primas, sendo obrigados desacelerar a produção e demandar menos energia, sofrendo uma queda de R$30 milhões.