O deputado federal Victório Galli (PSL) recebeu convite para ser vice do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ). O nome do parlamentar mato-grossense foi cogitado após a jurista Janaína Paschoal se filiar ao PSL e relutar em aceitar o convite para fazer parte da chapa majoritária. Paschoal foi uma das autoras da denúncia que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

O convite a Galli aconteceu no último domingo (22), durante a convenção nacional do PSL para a oficialização da candidatura de Bolsonaro à presidência, realizada no Rio de Janeiro.

"Diante da relutância da Janaina Paschoal, Bolsonaro disse que escolheria um deputado federal para vice e lembrou do meu nome justamente pela ligação com o segmento evangélico e defesa firme da família e dos valores cristãos. Meu projeto é a reeleição de deputado federal, mas sou um soldado do partido. Não descarto aceitar o convite mais adiante?, afirmou Galli a um veículo de comunicação.

Durante discurso na convenção, o deputado, que acredita que Bolsonaro será o mais votado no estado, disse que ?Mato Grosso é mito?, porém está sendo cauteloso em relação a possível indicação a vice e admite que Janaína Paschoal seria a primeira opção.

?A doutora Janaína Paschoal é uma excelente opção e não recusou o convite. Apenas pediu mais tempo para pensar. Apesar de ter algumas ideias diferentes, pode somar muito à candidatura?, ponderou.

No entanto, o discurso de Janaína não agradou boa parte dos apoiadores de Bolsonaro que estavam na convenção, já que a jurista teceu críticas sobre o chamado ?pensamento único? e afirmou que não irá ?dizer amém? para tudo.

Além de Paschoal, outros nomes foram cogitados para ocupar o cargo de vice do presidenciável, como o senador Magno Malta (PR-ES), o herdeiro da família imperial brasileira Dom Phillippe de Orleans e Bragança, e o general Augusto Heleno. Todos eles recusaram o convite.