A corrida eleitoral em Mato Grosso foi oficialmente lançada nesta última terça-feira (24), e com ela, algumas declarações polêmicas entre os pré-candidatos a governo do Estado. Acontece que o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), que lançou sua pré-candidatura à vaga no Palácio Paiaguás, disse que  governador Pedro Taques (PSDB) irá deixar para próxima gestão o montante de R$ 4 bilhões de restos a pagar. Do outro lado, também lançando sua pré-candidatura à reeleição, o governador disparou que ?classifica de profundo desconhecimento da realidade?, afirmando que irá debater o assunto durante somente na campanha eleitoral.

?Hoje os restos a pagar do Estado de Mato Grosso gira em torno de R$ 3,6 bilhões. Há três anos e alguns meses atrás, essa dívida era de R$ 800 milhões. Tudo indica que até o fim do mandato do atual governo, essas cifras fiquem próximas dos R$ 4 bilhões, o que coloca em risco a prestação de serviços básicos à população?, disse Mauro. Na mesma oportunidade, o democrata disse que ?não consegue mais ver o governador gastar R$ 70 milhões andando de jatinho para cima e para baixo, enquanto falta dinheiro para pagar UTI?.

Em relação aos ?jatinhos? apontados pelo ex-prefeito de Cuiabá, Taques rebateu afirmando que ?Mauro demonstra total desconhecimento do funcionamento do Governo do Estado de MT. ?Muitos jatinhos, ou a maioria deles, são utilizados para salvar vidas. É a mesma empresa que faz UTI aérea. A pessoa que mora em Guarantã do Norte, Colniza, Peixoto de Azevedo ou Alta Floresta não tem UTI. Aliás, nós instalamos 204 UTIs. Na campanha é só mostrar. Algumas pessoas chegam no ano da eleição querendo falar coisas que não são verdadeiras e a campanha serve para isso?, disse o governador.