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04/08/2018 às 09:00

Em três meses, 70 casos de exploração e abuso sexual foram notificados pela ONU

Maisa Martinelli

As Nações Unidas receberam 70 novas acusações de exploração sexual e abuso em todas as suas entidades e parceiros implementadores entre o início de abril e o fim de junho deste ano, segundo informou o porta-voz da Organização, Farhan Haq. Desse total, 18 casos envolveram operações de paz e 25 pessoas de agências, fundos e programas.

?Notem que nem todas as acusações foram totalmente verificadas, e muitas estão em fase preliminar de análise?, explicou o porta-voz a jornalista da sede da ONU em Nova York, EUA.

Um total de 43 acusações estão relacionadas ao pessoal da ONU, 24 envolvem pessoas não ligadas ao órgão que trabalham para parceiros, e três são de forças internacionais não ligadas à ONU, que foram autorizadas por um mandato do Conselho de Segurança.

Do total de acusações, 27 aconteceram esse ano, nove no ano passado, cinco em 2016, dez em 2015 e duas em 2014. A maioria delas envolve exploração sexual, definida como ?qualquer abusou ou tentativa de abusar de uma posição de vulnerabilidade, poder diferencial ou confiança, para fins sexuais, incluindo, mas não limitado a, lucrar monetoriamente, socialmente ou politicamente com a exploração sexual de outro.?

Outros 18 casos são de abuso sexual -  ?a intrusão física real ou ameaça de natureza sexual, seja pela força ou sob condições desiguais ou coercitivas?. Outros seis casos foram categorizados como ?outros? ou de natureza desconhecida.

De acordo com o levantamento, as mulheres são as principais vítimas desses crimes. Das 84 vítimas relatadas, 46 são mulheres, 17 são meninas (menores de 18 anos) e 12 são pessoas do sexo feminino com idade desconhecida. Um menino (com menos de 18 anos) e cinco homens de idade desconhecida também estão na lista.

Já os acusados, 80 são homens, quatro mulheres e mais quatro indivíduos com gênero desconhecido.

De acordo com Hag, três das acusações já foram comprovadas através de investigação, dois casos não foram comprovados e quatro foram encerrados por outros motivos. Os 61 restantes estão em fase de investigação ou sob revisão preliminar. No total, 16 acusações foram comunicadas aos Estados-Membros envolvidos.

?Continuamos nossos esforços para implementar a estratégia do secretário-geral da ONU de combater a exploração e o abuso sexual?, afirmou o porta-voz. Em relação ao compromisso das Nações Unidas de acabar com a impunidade, ele explicou que em junho foi lançada ?uma ferramenta eletrônica para a divulgação dos nomes de funcionários que foram demitidos em razão de alegações substanciais de exploração e abuso sexual, ou que se demitiram ou foram demitidos durante uma investigação?.

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