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02/08/2018 às 09:30

Semana do Aleitamento Materno reforça a importância da amamentação

Maisa Martinelli

Com o objetivo de incentivar as mães a amamentar seus filhos até os dois anos de idade, a Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (Waba) lançou a edição 2018 da Semana Mundial do Aleitamento Materno, celebrada de 1 a 7 de agosto. A campanha reforça ainda as orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde sobre a importância da amamentação em até uma hora após o nascimento, que é capaz de proteger o bebê e reduzir a mortalidade infantil.

Entidades de saúde e pediatras recomendam a amamentação exclusiva até os seis meses de idade, evitando-se, inclusive, a ingestão de água e chá. De acordo com o Ministério da Saúde, a introdução de outros líquidos ? além da mamadeira e chupeta - pode provocar o desmame precoce.

Campanhas mundiais são realizadas periodicamente para conscientizar a população sobre o alto benefício da amamentação, que funciona como uma ?vacina? para o bebê, capaz de prevenir alergias, anemias, infecções respiratórias, dentre outras vantagens.

O risco de mortalidade infantil por diarreia ou outras infecções aumenta significativamente em crianças que não receberam o leite materno ou que foram amamentadas parcialmente. Além disso, pesquisas revelam que crianças e adolescentes que foram amamentados têm menos probabilidade de se tornarem adultos obesos ou som sobrepeso. Estudos mostraram também que aqueles que receberam amamentação exclusiva até os seis meses obtiveram 3 pontos em média a mais em testes de QI.

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda ainda a amamentação até os dois anos de idade, visto que evidências científicas apontam que os benefícios da amamentação vão além do ponto de vista nutricional, sendo importante também na questão imunológica, metabólica, ortodôntica, fonoaudiológica, econômica, afetiva e social.

Embora há inúmeros benefícios do leite materno, muitas mães preferem não amamentar o bebê, seja por vaidade, comodidade ou outros motivos. Já outras mulheres, apesar do imenso desejo de amamentar, não consegue fazê-lo, seja por alguma disfunção hormonal, porque não têm leite ou algum problema que a impossibilite de oferecer o leite à criança.

Para as mães que nutrem a expectativa da amamentação durante toda a gestação, não amamentar pode gerar uma tristeza muito grande. Em conversa com o Leiagora, Rosario Lizeth Guzmán Rodrigues, de 34 anos, contou que ficou triste por não conseguir amamentar seu filho por muito tempo. ?Foi muito difícil, na primeira semana o bebê querendo mamar e o leite não saia, para variar eu comecei a ter uma depressão pós-parto por causa do medo de não conseguir cuidar do bebê, não poder amamentar, fiquei muito triste mesmo?, afirma ela.

Rosario conta que conseguiu amamentar seu filho, que hoje está com 3 anos, por apenas três meses, pois o leite secou. ?Com os suplementos consegui alimentá-lo, em questão de peso e desenvolvimento não vi diferença, mas em questão emocional sim. Com certeza, eu teria preferido mil vezes ter amamentado melhor e por mais tempo?, lamenta.

Rodrigues reconhece a importância da amamentação para o bebê. ?Acho muito importante a ligação e o contato no ato de amamentar a criança, além dos nutrientes naturais que o leite materno proporciona??, disse ela, explicando ainda que o apoio da família foi essencial para superar essa fase.

Além dos benefícios para a criança, amamentar traz muitas vantagens para a mãe também, pois reduz a chance de depressão pós-parto, possui um efeito protetor contra o câncer de mama e ovário, diminui o risco de diabetes tipo 2 após a gravidez e ajuda no controle de natalidade (com uma taxa de proteção de 98% nos primeiros seis meses).

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, se todas as crianças do mundo fossem amamentadas, cerca de 820 mil crianças de até 5 anos de idade seriam salvas anualmente.

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