A companhia britânica Thomas Cook, gigante do setor de turismo, anunciou que deixará de vender pacotes para parques que utilizam como atração baleias orcas mantidas em cativeiro. A decisão foi tomada porque, segundo a empresa, 90% de seus clientes demonstraram preocupação com o bem-estar animal.

Dessa forma, dois parques não receberão mais clientes da Thomas Cook: o SeaWorld, nos Estados Unidos, e o Loro Parque, na Espanha. ?Esta não foi uma decisão tomada com facilidade?, afirmou Peter Fankhauser, diretor executivo da empresa.

"Nos envolvemos ativamente com uma série de especialistas em bem-estar animal nos últimos 18 meses e levamos em conta as evidências científicas que eles forneceram. Também recebemos opinões de nossos clientes: mais de 90% nos disseram considerar importante que sua agência de viagens leve a questão do bem-estar animal a sério", explicou Fankhauser.

Em um blog, ele reconheceu que ambos os parques haviam adotado outros padrões e melhorado a maneira como os animais são mantidos, mas mesmo assim confirmou que a partir do próximo verão não venderá mais atrações que utilizam orcas em cativeiro.

O SeaWorld afirma não criar mais orcas, porém aquelas já nascidas em cativeiro continuarão no parque por muitos anos ainda.

Críticas relacionadas à manutenção desses animais em cativeiro têm sido frequentes desde o lançamento de ?Blackfish?, um documentário sobre uma baleia chamada ?Tilikum?, lançado pela Netflix em 2013.

No ano passado, a Thomas Cook iniciou uma auditoria de 49 parques que utilizam animais como atração, a fim de investigar se estão cumprindo os padrões de bem-estar, com base nos padrões estabelecidos pela ABTA (Associação de Agentes de Viagens Britânicos). Do total de locais avaliados, cerca de 30 foram reprovados, e a empresa parou de vender pacotes. O mais recente foi anunciado no último domingo (29).