17/08/2018 às 16:31
Redação Leiagora
Segundo a Agência Safras, aumentou para 27 navios que aguardam na fila para embarcar açúcar brasileiro. Até a última quarta-feira (15), a agência marítima Williams Brasil divulgou o levantamento que aponta um agendamento de carregamento de 1.030.367 toneladas de açúcar, contra 865.123 toneladas na semana anterior.
O relatória afirma que pelo Porto de Santos (SP) deve ser carregada a maior parte, cerca de 813.827 toneladas, ou seja, 79% do total. Em seguida, aparece o porto de Paranaguá com 216.540 toneladas, que representa 21%. Os dados leva em consideração as embarcações já ancoradas, as que estão em largo esperando atracação e também as com previsão de chegada até 01 de setembro.
Além disso, de acordo com os dados do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de agosto atingiram cerca de 663 mil toneladas de açúcar com 10 dias úteis contabilizados até o dia 12.
Conforme o analista de mercado de açúcar da SAFRAS & Mercado, Maurício Muruci, basicamente são dois os motivos que levam essa fila aumentarem todas as semanas. Sendo o primeiro e mais antiga razão trata-se de 4 semanas consecutivas, no qual são os carregamento já firmados em meses e em safras anteriores. ?Os compradores internacionais, mesmo vendo preços mais baratos na Àsia, acabam tendo que retirar o açúcar já contratado do Brasil, caso ao contrário pagam multa. Se não fosse isso, já teriam cancelado os contratos no Brasil e retirado esse açúcar na Ásia. Isto faz os embarques do Brasil se manterem?.
O analista disse ao Leiagora que o segundo motivo seria os preços mais baixos no referencial externo em Nova York, que estão próximos ao nível de US$/cents 10,00 [o menor preço em 10 anos] o que deixa o açúcar brasileiro mais competitivo, visto que é pago um desconto no porto pela baixa demanda e oferta elevada do produto. ?O açúcar está em queda em Nova York por conta da ampla oferta internacional em meio a baixa demanda. O real fraco frente ao dólar no Brasil também ajuda na pressão negativa aos preços?.
Muruci analisa que o câmbio é responsável por apenas 20% deste movimento e que o foco mesmo é a elevada oferta em meio a baixa demanda que também é prejudicada pelos efeitos da Guerra comercial entre Estado Unidos e China.
Direto da Redação, Laura Arruda
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