20/08/2018 às 19:59
Redação Leiagora
Uma análise feita pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada(CEPEA) aponta que o agronegócio brasileiro deve crescer 1,9% em PIB-volume em 2018. O apontamento foi feito com base nos dados de janeiro a maio de 2018, que foram analisados pelo Cepea da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
De acordo com pesquisadores do Cepea, as projeções de alta do agronegócio para o ano foram reduzidas frente ao relatório anterior (primeiro quadrimestre), devido, principalmente, ao menor crescimento estimado para a agroindústria em 2018.
Os pesquisadores avaliaram que, de maneira geral, a agroindústria brasileira tem evoluído desde o segundo semestre de 2017, no entanto, os dados apontam que, como a economia brasileira mostra sinais muito modestos de recuperação, inferior à expectativa do mercado no início de 2018, a reação da agroindústria acaba sendo limitada.
Quantos aos preços relativos do agronegócio, o que permite realizar uma avaliação sobre a renda do setor, as estimativas atuais apontam para uma perda de 8,4%, indicando que os produtos do setor estão se desvalorizando frente à média da economia brasileira.
TABELAMENTO DE FRETES
Pesquisadores destacam ainda que a possibilidade de resiliência de um cenário de preços do agronegócio abaixo da média da economia brasileira e a pressão sobre custos, originada da política de tabelamento de fretes, podem derrubar a renda do setor.
Segundo cálculos do Cepea, com base nas matrizes do IBGE, o agronegócio é o setor mais vulnerável ao tabelamento de fretes na economia brasileira frente à possibilidade de elevação dos custos e às ineficiências na precificação, dado que consome cerca de 42% de todos os serviços de transporte do País.
De acordo com o estudo do Cepea, a grande intensidade do uso de transportes e o baixo valor em relação ao volume transportado, notadamente para atividades relacionadas à agricultura e agroindústria, tornam o agronegócio o setor mais vulnerável da economia.
No agro, as atividades mais vulneráveis ao tabelamento dos fretes são os cultivos de milho, laranja, arroz e a produção de leite. Ainda, os possíveis maiores impactos financeiros podem ocorrer nas cadeias da soja, da cana-de-açúcar, do milho e da bovinocultura de corte.
Direto de Sorriso, Adriano Carneiro
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