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30/08/2018 às 09:41

Conheça a história da mulher que ganhou um kit de biju do marido e virou design de Biojóias

Redação Leiagora

A história de Rose Matias, bacharel em Moda, pela UNAMA (Universidade do Amazonas), começou quando ela se viu com duas crianças, e com o desejo de conciliar a vontade de ter uma renda própria e cuidar da família. ?Quando meu segundo filho estava com 7 meses, eu me mudei para o estado do Pará e fui morar na cidade de Belém. Me vi com duas crianças, pois já tinha outro filho na época que estava com 8 anos, e eu precisava trabalhar, mas não tinha como sair com duas crianças. Foi quando meu esposo chegou em casa e me encontrou triste e frustrada, pois gostaria de ter uma renda própria. Eu não me sentia a vontade em ter que pedir dinheiro para tudo que desejava comprar para as minhas necessidades?.

Na época, Rose fazia parte de uma grande parcela de mulheres que buscam realizar o sonho de cuidar da família e trabalhar ao mesmo tempo, sem que pudesse perder o crescimento dos filhos. Ela conta que ao se deparar com esse comportamento, o marido foi o seu principal incentivador. ?Meu marido sempre me ajudou. Quando me encontrava entristecida tentava me incentivar e assim foi quando ele encomendou naqueles disque biju que viu pela televisão, que vem com CD e DVD, inclusive com materiais para iniciar a trabalhar e confeccionar algumas peças. Ele sempre me incentivou?.

[caption id="attachment_31459" align="aligncenter" width="239"]Peça trabalhada por Rose. Foto: Arquivo Social Peça trabalhada por Rose. Foto: Arquivo Social[/caption]

Ela relata que em dois ou três dias assistiu todos os DVDs e logo iniciou a fazer as bijuterias. ?Foi interessante e fiquei super empolgada, li e assisti todos os DVDs. Fiz todas as bijuterias e ainda levei as peças para as minhas férias da família, o mais incrível é que vendi tudo. Meu esposo ficou surpreso por ter vendido todas as peças e logo viu que aquilo era um negócio?.

A design brinca que o marido oportunizou esse negócio para que ela se ocupasse. ?No começo eu brincava que ele me deu as bijus para deixar ele em paz. Na época eu ainda fabricava as peças em miçangas e semente. Além disso, ele me disse que no Pará havia uma faculdade de moda. Nunca me esqueci quando ele me disse: vou te dar a vara e te ensinar a pescar, e depois você vai pescar sozinha?.

[caption id="attachment_31461" align="aligncenter" width="300"]Anel fabricado por Rose. Foto: Rede Social Anel fabricado por Rose. Foto: Rede Social[/caption]

O esposo percebeu que era um bom investimento e que Rose tinha pegada para o segmento de modas. Em 2006, ela iniciou a faculdade de moda no estado do Pará, ele pagou os seis primeiros meses e depois ela deu continuidade nas mensalidades da faculdade, com as vendas das bijuterias. ?A faculdade acrescentou para o negócio, aumentou o meu networking, que me beneficiou no negócio. Contribuiu para o universo criativo e acrescentou a abertura de mercado para as vendas. Ainda no estado do Pará, participei de exposições do Fashion Week, no qual o evento era destinado para novos criadores, uma parceria com o Sebrae/Pará. Participei também da Casa Cor Belém?.

A princípio eram as bijuterias em miçangas e sementes, Rose destaca que depois partiu para as técnicas de resina. ?No início foi bem difícil, mas com muita persistência consegui aplicar a técnica de resina. Costumo dizer que sou uma catadora, porque onde ando busco matéria-prima que está descartada na natureza, fazendo assim peças exclusivas e eternizando a fibra (folhas, flores, sementes) na resina?.

[caption id="attachment_31462" align="aligncenter" width="300"]Colar fabricado por Rose. Foto: Rede Social Colar fabricado por Rose. Foto: Rede Social[/caption]

É possível eternizar o momento da pessoa, como, por exemplo, aquela noiva que deseja eternizar aquele buquê de flores ou a mãe com o dentinho do bebê, nesse sentido o que vale é a criatividade. ?Eu recebo peças de pessoas que querem eternizar o momento especial, seja flores, objetos de recém-nascido, inclusive, o dentinho, que pode se tornar um pingente ou anel?.

Ela trabalha em casa, e está em Cuiabá/MT há cinco anos. Atende com horário agendado e vende pelas redes sociais. Vale destacar que as peças são únicas e feitas pela desing. ?Vender pela internet me dá mais liberdade. Eu continuo fazendo o que amo, sou apaixonada em polir uma peça e ver o brilho que ela dá, além do retorno que recebo pelas clientes, é uma coisa tão gostosa, o carinho delas que aquece o coração quando elas me mandam as fotos usando as peças e demonstrando a felicidade delas?, finaliza. Para a artesã, o carinho estimula a fazer e criar ainda mais as suas biojóias.

   

Direto da Redação, Laura Arruda

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