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31/08/2018 às 14:14

Vacina contra sarampo e pólio atinge só 20% das crianças no país

Redação Leiagora

A poucas horas do fim da campanha nacional de vacinação contra sarampo e poliomielite, balanço do Ministério da Saúde aponta que cerca de 2,2 milhões de crianças entre um e cinco anos de idade ainda não foram vacinadas.

O índice equivale a 20% do público-alvo da campanha, formado por 11,2 milhões de crianças nessa faixa etária. A vacina é indicada independente da situação vacinal anterior.

O objetivo é reforçar a imunização e conter o avanço do sarampo no país, doença que já leva a surtos na região Norte.

Em meio a essa dificuldade, o Ministério da Saúde passou a orientar estados e municípios que ainda não atingiram a meta de vacinar 95% das crianças para que mantenham postos de saúde abertos por horário estendido neste sábado (1º).

Na prática, a medida deve funcionar como um segundo "dia D" da campanha de vacinação. O primeiro ocorreu em 18 de agosto.

A mobilização, porém, dependerá da adesão das secretarias de saúde. A recomendação é que pais verifiquem com a secretaria de seu município quais postos estarão abertos.

Até a manhã desta sexta-feira (31), apenas três estados já tinham alcançado a meta de vacinar até 95% das crianças dessa faixa etária: Amapá, Rondônia e Pernambuco.

Em outros dez, o desafio é maior por estarem abaixo da atual média nacional de 80% das crianças vacinadas. Destes, o estado com o menor índice de vacinação é o Rio de Janeiro, seguido de Roraima e Distrito Federal.

Apesar dos baixos índices, ainda não há decisão sobre uma possível prorrogação da campanha de vacinação a nível nacional. A situação dependerá da adesão ao segundo dia D.

Estados, porém, terão autonomia para esticar os prazos. No último fim de semana, por exemplo, novos dias de mobilização já haviam sido realizados em São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Espírito Santo e Amapá.

REFORÇO

  Neste ano, a campanha de vacinação é "indiscriminada", o que significa que mesmo crianças que estão com a carteirinha de vacinação em dia devem receber novas doses de reforço contra as duas doenças.

O objetivo é elevar a cobertura vacinal no país e reforçar a proteção de já vacinados. Desde fevereiro, o país já registra 1.553 casos de sarampo, com sete mortes. Outros 6.975 casos permanecem em investigação.

Já a poliomielite preocupa diante da queda nas coberturas vacinais, o que aumenta o risco de retorno da doença caso haja nova reintrodução do vírus no país e contato com não vacinados.

Durante a mobilização, a aplicação das doses tem esquemas diferentes dependendo da situação vacinal de cada criança.

Crianças que nunca tomaram nenhuma dose de vacina contra a pólio, por exemplo, devem receber uma dose da VIP (vacina injetável).

Já aquelas que já tiverem tomado uma ou mais doses recebem a VOP (vacina oral), conhecida como gotinha. A ideia é reforçar a imunização contra a doença.

Contra o sarampo, a campanha prevê que todas as crianças recebam uma dose da vacina tríplice viral. A exceção são aquelas que já foram vacinadas nos últimos 30 dias.

Segundo as secretarias de saúde, a vacina é contraindicada apenas para crianças imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes de câncer.

Já crianças alérgicas à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, devem informar o quadro às equipes de saúde. Neste caso, elas recebem outra vacina contra sarampo, produzida pelo instituto BioManguinhos.

Direto de Brasília, DF (FOLHAPRESS)

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