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03/09/2018 às 00:52

Panorama Político 35ª semana

Redação Leiagora

Nesta semana a campanha começou para valer. O horário eleitoral no rádio e TV começou no dia 31/08 e aconteceu também o primeiro debate, na TV Gazeta na quinta-feira. O encontro teve tom ainda morno, sem grandes confrontos entre os candidatos. Apenas aqueles dos partidos menores, Arthur Nogueira (Rede Sustentabilidade) e Moisés Franz (PSOL) que disputaram a posição de mais crítica em relação aos candidatos mais fortes.

Mauro Mendes (Dem) fez várias menções a seu vice Otaviano Pivetta (PDT) e Wellington Fagundes (PR) buscou evidenciar que teria havido uma traição no grupo governista, uma vez que saiu com duas candidaturas. A menção a Pivetta é compreensível pela condição de candidato a vice com maior densidade eleitoral, financeira e administrativa de todas as chapas.

Grande movimentação foi garantida pela candidata ao Senado Selma Arruda (PSL). Após uma relação tensa desde o início ela anunciou rompimento com a coligação encabeçada por Pedro Taques (PSDB) e Nilson Leitão (PSDB). O desconforto já tinha ficado evidente em outros momentos, quando houve reconciliações. O passivo judicial carregado pelos dois é um fardo muito grande para Selma, que se apresenta com um discurso anti-corrupção muito forte baseado em sua trajetória. Neste sentido, a divulgação da delação do ex-secretário Permínio Pinto que atingem com força Taques e Leitão foi um elemento importante. O estopim teria sido a distribuição do tempo no horário eleitoral, maior para o Nilson Leitão do que para ela.

Porém a coligação continua existindo e não pode ser desfeita. Acabaram ganhando nas duas pontas, já que continuam fazendo parte da coligação de Pedro Taques e adquiriram independência da Selma. Comentou-se muito também sobre a possibilidade de uma desistência dela. A meu ver é uma possibilidade real, pelos erros em série que vem cometendo e estas situações que relatei. A única chance dela seria colar no candidato a presidência do seu partido Jair Bolsonaro. No entanto, vejo isto com dificuldade, porque a grande força de Bolsonaro em Mato Grosso é o setor do chamado agronegócio, que já têm três candidatos a Senador  (Sachetti, Fávaro e Nilson Leitão).

Sempre disse que as chances dela dependiam muito do desempenho de Pedro Taques. Por ter perfil semelhante e ocupar o mesmo espaço dele, ela poderia ser usada por outros grupos para neutralizá-lo. Como os índices de intenção de voto dele estão na faixa de 22% e a rejeição em 45% pela última pesquisa Ibope, ela perdeu sua função.

Outro aspecto que chamou a atenção na campanha ao Senado foi o favoritismo de Jayme Campos, que percorreu o interior nesta semana passado. Já Carlos Fávaro (PSD) é aquele que tem pontuado menos por enquanto, levando- até a questionar a pesquisa Ibope junto com o Governador Pedro Taques.  

Outro fato importante foi a declaração de apoio do ministro Blairo Maggi ao candidato a Governador Mauro Mendes e ao senado Adilton Sachetti. Blairo tinha afirmado logo após sua decisão de não concorrer este ano que não participaria de nenhuma campanha. Mas todos sabemos de sua articulação em favor de Mauro nos bastidores, ainda que o seu partido Progressistas tenha ido para a chapa do senador Wellington Fagundes. Mauro e Sachetti são os dois principais ?blairinhos?, empresários que entraram na política por articulação de Blairo em 2004 para a formação de um grupo política. Os dois foram prefeitos dos municípios com maior orçamento de Mato Grosso (Cuiabá e Rondonópolis) e agora disputam juntos vagas majoritárias. O apoio de Blairo é mais um estimulante para a candidatura de Mauro, que vem ganhando adesões pelo interior. Vejamos como será esta semana.  

Direto da Redação, Vinicius de Carvalho

Resumo da semana 26/08 a 01/09    
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