A notícia de uma nova greve dos caminhoneiros por conta do recente aumento de R$ 0,31 no preço do litro de óleo diesel não deve se tornar realidade. Pelo menos é o que afirma o presidente da Associação dos Caminhoneiros de Sorriso, Alexandre Schueroff. "Aqui na nossa região não tem nada, isso é só boato, não passa de politicagem."
Ainda de acordo com Schueroff, o novo aumento do combustível tem prejudicado a classe dos caminhoneiros, mas isso não será o suficiente para uma nova paralisação. "Dá quase R$ 300 a mais de despesa de combustível de Sorriso a Rondonópolis, por exemplo. Neste trecho, entre ida e volta, nós gastamos cerca de 800 litros de óleo diesel. É complicado, mas eu participo de um grupo que tem as lideranças dos sindicatos e associações do país todo e ninguém comenta nada de greve, na minha opinião não vai acontecer nada, a não ser que venham novos aumentos", finalizou.
Conforme o Leiagora já informou, três meses após a paralisação dos caminhoneiros, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou um aumento do preço do diesel. Insatisfeitos, os caminhoneiros começaram a se mobilizar através de aplicativos de mensagem e uma nova greve da categoria poderá acontecer. A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCAM) afirmou que já solicitou uma audiência junto à Casa Civil para negociar com o Governo.
O reajuste foi anunciado na quinta-feira (30). Pela nova tabela, o preço de referência do litro de diesel, no Centro Oeste, passou de aproximadamente R$ 2,10 para cerca de R$ 2,40. Um aumento de 14,4%. Comparando com as demais regiões brasileiras, o Centro-Oeste terá o maior preço de referência. De acordo com a Medida Provisória, que instituiu a nova política de frete, a tabela dos preços mínimos para o transporte de carga deverá ser atualizada caso o reajuste do diesel supere os 10%.
Em nota, a ABCAM afirmou que ?se mantém vigilante no cumprimento do acordo realizado com o Governo Federal?. Além disso, a associação afirmou que fará o possível para evitar nova paralisação.
Confira a nota na íntegra:
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou na noite desta quinta-feira (30) os novos preços de referência para o óleo diesel, que registram alta de até 14,4% em alguns Estados.
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCAM), defensora dos direitos dos caminhoneiros autônomos do país e entidade responsável pelas negociações com o Governo durante a paralisação geral da categoria, informa que já solicitou à Casa Civil uma audiência para tratar do referido aumento.
A entidade entende que, independente do aumento do preço internacional, o Governo deve cumprir a Medida Provisória nº 838/?2018 e manter a subvenção de R$ 0,46 do valor do diesel até o final do ano.
A Abcam se mantém vigilante no cumprimento do acordo realizado com o Governo Federal. A Associação, que sempre acreditou no diálogo, fará o possível para evitar uma nova paralisação.
José da Fonseca Lopes ? Presidente da Abcam
Direto da Redação, Bruno Bortolozo