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Notícias / Agro e Economia

21/09/2018 às 15:29

Vazio sanitário do algodão começa em outubro; fiscais do Indea-MT participam de treinamento

Rafael Costa

Com a aproximação do vazio sanitário, sessenta fiscais do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), participaram nesta quinta-feira (20) de um treinamento promovido em parceria com o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), com finalidade de atualizar os conhecimentos dos profissionais que irão atuar durante o período de vazio sanitário do algodoeiro. O evento foi realizado no Centro de Treinamento e Difusão Tecnológica do Núcleo Regional Centro, em Campo Verde (a 120 km de Cuiabá).

A restrição será iniciada no próximo dia 1º nos núcleos regionais Centro (região de Campo Verde), Centro Leste (região de Primavera do Leste) e Sul (região de Rondonópolis), que compõem a chamada Região I. No restante de Mato Grosso, regiões de Sapezal (Núcleo Regional Noroeste), Campo Novo do Parecis (Núcleo Regional Médio Norte), Sorriso e Lucas do Rio Verde (Núcleo Regional Norte), que integram a Região II, o vazio sanitário começará no dia 15 de outubro.

?Ponte Verde?

Uma vez encerrada a colheita do algodão, a Instrução Normativa Conjunta Sedec/Indea-MT nº 001/2016 fixa um período de 60 dias em que não pode haver restos culturais do algodoeiro (ou seja, de plantas com risco fitossanitário) nas propriedades rurais. A IN nº 001/2016 define como plantas de risco fitossanitário "plantas do algodoeiro tigueras (plantas germinadas voluntariamente em qualquer lugar que não tenham sido semeadas) acima do estádio V3 e plantas rebrotadas (soqueiras) com mais de quatro folhas por broto ou estruturas reprodutivas". O objetivo do vazio sanitário é eliminar a chamada "ponte verde", responsável pela alimentação de insetos-praga, como o bicudo-do-algodoeiro, no período de entressafra do algodão.

"Pelo segundo ano consecutivo, o IMAmt está oferecendo esse treinamento aos fiscais do Indea-MT visando contribuir para o trabalho de orientação e fiscalização desses profissionais. Nosso objetivo maior é o controle efetivo de pragas como o bicudo e de outros vetores de doenças que põem em risco a sustentabilidade da cotonicultura mato-grossense", explica o engenheiro agrônomo Marcio de Souza, coordenador de Pesquisas e Difusão de Tecnologias do IMAmt.

Os fiscais assistiram a palestras de três pesquisadores do IMAmt. Edson de Andrade Junior, que é especialista em destruição de soqueira, falou sobre a eficácia de diferentes métodos utilizados para eliminar os restos culturais do algodoeiro, apresentando dados de estudos realizados nas fazendas. Os entomologistas Jacob Crosariol Netto e Guilherme Rolim, por sua vez, abordaram as principais pragas que afetaram as lavouras de algodão na safra recém-encerrada, com foco no bicudo, que é considerado a pior ameaça à cotonicultura nacional.

Direto da Redação, Bruno Barreto

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