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24/09/2018 às 02:44

Teremos segundo turno em Mato Grosso?

Redação Leiagora

Na última semana tivemos a divulgação de várias pesquisas de intenção de voto para Governador do Estado. Atualizei o Índice Política em Gotas que criei e calcula uma média das principais empresas de pesquisa que operam no Estado. Por ele Mauro Mendes (Dem) tem 47,4%, Pedro Taques (PSDB) tem 26% e Wellington Fagundes (PR) 25,1%, sempre em votos válidos. A diferença entre Pedro e Wellington caiu de 7% para menos de 1%, com o senador do PR aparecendo à frente em algumas pesquisas como a da Mark Freitas.

 

 Já na eleição para o Senado, o embaralhamento continua forte. Jayme Campos (Dem) segue na liderança, com 28,5% dos votos válidos. Na segunda vaga temos um empate técnico entre Nilson Leitão (PSDB) com 14,8%, Procurador Mauro (PSOL) com 14,2% e Selma Arruda (PSL) com 12,4%. Um pouco mais atrás, mas ainda com chances, temos Adilton Sachetti (PRB) com 9% e Carlos Fávaro (PSD) com 7,9%, também com empate técnico. Os números mostram que será uma eleição animada para o Senado, como costumam ser aquelas com duas vagas em disputa. Procurador Mauro e Selma têm uma intenção de voto ainda grande por conta do peso de Cuiabá e sua região metropolitana.

Ambos estão bem alinhados com o sentimento anti-político, de combate à corrupção e de renovação que marca a atual eleição. Mas as máquinas políticas continuam operacionais e devem chegar fortes nesta reta final. Há uma tendência grande, na minha avaliação, de encolhimento de Selma e do Procurador e crescimento de Nilson Leitão e Sachetti, com Fávaro correndo por fora como uma possibilidade. Fávaro é presidente de um partido grande e muito ramificado pelo interior que é o PSD e reduziu a sua rejeição ao renunciar à vice-governadoria em abril. Já Nilson Leitão está na chapa de Pedro Taques e faz parte da mesma legenda partidária, o que acaba gerando vinculações.

Os dados da pesquisa Mark Freitas revela que Mauro tem, na região metropolitana, sua grande fortaleza eleitoral, com 43,1% de intenção de voto contra 11% de Welington e 23,8% de Pedro Taques. Quando observamos apenas Cuiabá vemos 47,1% de intenção de voto para Mauro Mendes, 13,1% para Wellington e 26,7% para Pedro. Como a região metropolitana reúne cerca de 32% do eleitorado estadual, os 43% de Mauro equivalem a cerca de 13% em todo o Estado. Já no interior Wellington está muito bem na sua base eleitoral mais tradicional, incluindo a região Sul polarizada por Rondonópolis (57,8%) e Médio Araguaia (61%). Seu grande desafio e que tem pautado a estratégia de campanha é crescer na capital e outros municípios-polo, como Sinop e Tangará da Serra.

Com o crescimento de 2% nos votos válidos registrados por Mauro, ficou um pouco maior a chance de encerrar a eleição no primeiro turno. As simulações de segundo turno dão vantagem para Mauro tanto contra Taques quanto contra Wellington. Mas sabemos que neste caso torna-se uma eleição muito mais arriscada, pelo tempo de mídia igual, o acréscimo de custo pelas três semanas a mais de campanha e a necessidade de buscar o voto dos eleitores que votaram nos candidatos que ficaram no 1º turno. Outro complicador é que a mobilização é menor, já que a eleição terminou para todos os outros cargos, com exceção de Presidente da República, que também caminha para um segundo turno. Diante disto, a campanha de Mauro Mendes vem buscando apoio no interior para tentar fechar no 1º turno. Mas não será uma tarefa fácil. Wellington vem melhorando a cada dia e tem potencial de crescimento, pelo perfil mais político que apresenta em contraste com o estilo mais gerencial de Mauro. Veremos como se dará a dinâmica da campanha.

 
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