Os postos de combustíveis em Mato Grosso estão sem vender Gás Natural Veicular (GNV) há dois meses. O motivo é que a empresa Gás Ocidente, que é a autorizada para transportar o produto, formalizou uma decisão junto na Agência  Nacional de Petróleo (ANP) para paralisar as atividades.

A empresa emitiu uma nota informando que, devido à falta de previsão de retomada da usina termelétrica, se viu obrigada a desativar o fornecimento do gasoduto temporariamente. A Gás Ocidente disse ainda que está tentando negociar com a Petrobras a fim de restabelecer o serviço.

Em Cuiabá, dos 12 postos que comercializavam o GNV, apenas dois continuam.

Segundo o representante do Sindipetróleo,  Luiz Flávio Blanco, a falta do gás está prejudicando os motoristas. ?O impacto maior é para os motoristas de táxi e Uber, que têm sofrido a consequência financeira direta. Existe essa demanda em Cuiabá, mas, por causa dessa interrupção no fornecimento, toda a cadeia produtiva do setor foi abalada?, afirmou.

O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan, medidas estão sendo tomadas para solucionar o problema. ?Estamos pensando em várias alternativas. Uma delas é a ação popular  contra a ANP, com o intuito de obrigá-la a mandar esse produto para o estado, pois temos indústrias, taxistas, Uber, todos parados com essa matriz energética?, alegou.

O gás natural é 60% mais econômico que a gasolina, e 48% em relação ao etanol.

Direto da Redação, Maisa Martinelli