A exportação de bovinos vivos para Arábia Saudita está cada vez mais próxima da realidade dos produtores brasileiros. A Informação partiu do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no final da tarde desta última quinta-feira (04). Para acertar os detalhes operacionais e comerciais de exportação de bovinos vivos para a Arábia Saudita, integrantes do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Ministério de Meio Ambiente, Água e Agricultura daquele país (MEWA), além de empresários dos países, se reunirão em novembro, em Riade.

Ao portal Leiagora, o presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Guilherme Nolasco, realizou uma uma análise das futuras perspectivas econômicas para Mato Grosso e o Brasil.

?Tal fato reafirma a seriedade e robustez do Serviço Veterinário Oficial Brasileiro, dando credibilidade a sanidade de nosso rebanho e possibilitando abertura de mercado para a exportação de Bovinos Vivos, nicho de mercado com crescimento expressivo ao longo dos últimos anos, traz ao pecuarista mais uma oportunidade de negócios com agregação de valor e renda estimulando o fortalecimento da pecuária de corte?, disse o presidente.

A abertura de mercado foi baseada em resultados da missão veterinária saudita que esteve no Brasil em maio. Na oportunidade, inspetores sauditas visitaram os escritórios do ministério no Mato Grosso e no Pará, o laboratório oficial (Lanagro/PE), o porto de exportação de animais vivos localizado no Pará, e fazendas de criação e de exportação de gado. A missão técnica concluiu que os controles aplicados pelo Brasil para Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) estão de acordo com as condições estabelecidas pela Arábia Saudita e pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

De acordo com o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques, os produtores brasileiros preveem exportar até 150 mil animais por ano destinados ao abate e reprodução.

A negociação começou ainda no ano de 2014 e foi finalizada neste último domingo (30). As tratativas tiveram início após uma missão ao país organizada pelo Mapa. Na época, foi acertado o modelo de certificação que será firmado pelo Mapa para animais destinados àquele país.

Nos últimos sete anos (2010-2017), a atividade gerou US$ 3,7 bilhões em divisas ao país. No ano passado, a exportação de bovinos vivo garantiu faturamento de mais de US$ 276 milhões e neste ano as exportações já superaram US$ 300 milhões.

Direto da Redação, Bruno Barreto