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Notícias / Agro e Economia

12/10/2018 às 16:07

Defesa vegetal é tema de reunião entre presidente do Indea-MT e ministro da agricultura

Bruno Bortolozo

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, participou ontem de uma reunião com a presidente do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), Daniella Bueno, e o diretor técnico, Thiago Augusto Tunes, para tratar do problema envolvendo a manutenção das culturas de soja, algodão e milho como infestantes da Amaranthus palmeri, que está listada como praga quarentenária presente.

Hoje em dia, em Mato Grosso, a certificação sanitária de toda a produção do estado é necessária, gerando a emissão de 1,6 milhão de Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV). A Amaranthus palmeri foi encontrada em áreas onde costumeiramente existe a rotação das culturas de algodão, soja e milho em Mato Grosso, sendo identificada em sete propriedades situadas em quatro municípios diferentes do estado.

A área onde ela existe é de 12 mil hectares, mas desde 2016 não foi encontrado nenhum registro de ocorrência da praga em novas fazendas.

A presidente do Indea, Daniella Bueno, disse, via assessoria, que foi feito o pedido ao ministro de retirada da Amaranthus palmeri da listagem de pragas. ?Solicitamos também a suspensão de quaisquer exigências que possam ser impostas sobre as culturas de algodão, soja e milho, e sugerimos que as exigências para o controle da amaranthus palmeri sejam definidas em instrução normativa específica e que tenhamos um prazo de 60 dias para discussão e elaboração da mesma.?

Após a reunião foi encaminhado, pelo Ministério da Agricultura, um ofício ao Fórum Nacional do Executores de Sanidade Agropecuária, que pede o auxílio no espalhamento aos outros órgãos de defesa agropecuária, de que a categorização da amaranthus palmeri como praga quarentenária presente não enseja a adoção imediata de medidas de controle de trânsito interestadual de produtos e subprodutos vegetais oriundos de Mato Grosso. Ainda na reunião foi discutida a alteração do período do vazio sanitário e do calendário de plantio de soja em Mato Grosso, que estão sendo pleiteadas pelo setor produtivo.

O ponto de vista apresentado por Maggi é o de que, principalmente com a alta utilização dos fungicidas nas áreas com soja plantada no mês de dezembro, a qual cresce com uma alta pressão do inóculo da ferrugem, pode aumentar a resistência da ferrugem por pressão de seleção.

O assunto, segundo a presidente do Indea , vem sendo tratado com de maneira minuciosa pelo órgão. Ainda de acordo com ela, várias reuniões internas e externas têm sido realizadas junto ao setor produtivo e aos especialistas no tema.

No entanto até agora não surgiu nenhuma proposta que ofereça segurança fitossanitária. ?Mas estamos caminhando para consegui-la?, disse.

Direto da Redação, Bruno Bortolozo

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