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Notícias / Leia Rápido

22/10/2018 às 16:15

Mendes evita falar sobre delação e que ser citado não é condenação

Sandra Costa

O governador eleito por Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM) preferiu não tecer nenhum comentário a cerca da delação premiada do empresário Alan Malouf, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (19), e que trata de denúncia de Caixa 2 na campanha eleitoral de 2014 do atual governador Pedro Taques (PSDB), que foi derrotado nas urnas nestas eleições. Mendes disse que o fato de ter sido aliado político boa parte do Governo Taques não tem nada a ver e que não vai excluir nomes para o seu staff por terem sido citado em delação.

"Tive um rápido conhecimento por alguma poucas notícias que li a respeito do fato, mas eu não tenho nada a dizer, nenhuma delas tem a ver comigo. O fato de eu ser amigo, ter sido aliado não me cria nenhuma obrigação, inclusive, de comentar o fato. Esta na mão da Justiça, está na mão de quem é de direito processar essas delações e seus desdobramentos. E vamos confiar que os façam garantindo ali o devido respeito ao direito de defesa que todos têm", declarou Mendes.

Questionado sobre o fato de algum nome que foi citado na delação de Alan ser vetado numa eventual nomeação para cargos em seu governo, Mendes disse que ser citado em delação não significa nada. "Citação em delação não significa condenação. Processo não significa nada. Senão estaríamos vivendo num estado absolutamente de exceção no que diz respeito a tudo. Se alguém fala o nome de alguém lá, o cara está condenado. Tem que parar com essa hipocrisia. Eu já fui citado, tive busca e apreensão na minha casa e três anos depois fui inocentado com o parecer de todo mundo. Temos que ter mais responsabilidade com pessoas e o direito de defesa a que todos têm. Jamais eu vou excluir alguém porque o nome foi citado ali", reforçou

A respeito da delação envolver sérias e comprometedoras denúncias relacionadas ao governo Pedro Taques, Mauro disse que o governador terá o direito de se defender como todo cidadão. "Não cabe a mim, neste momento, ficar fazendo pré-julgamento ou exercendo o papel do Ministério Público ou Judiciário. A mim, cabe, neste momento, cuidar da transição e a partir de 1º de janeiro de 2019 cuidar do Executivo de Mato Grosso", finalizou.

ES­QUEMA ? A ho­mo­lo­gação da de­lação pre­miada de Alan Ma­louf com o Mi­nis­tério Pú­blico Fe­deral (MPF) acon­teceu no dia 19 de abril deste ano. O ob­je­tivo é obter mais provas contra os in­ves­ti­gados na Ope­ração Rê­mora, que foi re­a­li­zada pelo Mi­nis­tério Pú­blico Es­ta­dual. A in­ves­ti­gação apontou a ar­re­ca­dação de re­cursos junto a em­pre­sá­rios para a cam­panha elei­toral de 2014 de Pedro Ta­ques, atual go­ver­nador, além de for­mação de caixa 2, ou seja, do­ação de di­nheiro que não foi de­cla­rada de forma ofi­cial. Em con­tra­par­tida, os em­pre­sá­rios re­ce­be­riam be­ne­fí­cios fis­cais junto ao Go­verno e ce­le­bração de con­tratos le­gais ou não junto ao Go­verno do Es­tado. Ma­louf ainda disse que o go­ver­nador tinha co­nhe­ci­mento do es­quema, chegou a se reunir com o ex-go­ver­nador, Silval Bar­bosa e que os es­quemas de fraudes acon­te­ceram na Se­cre­taria de Es­tado de Edu­cação, Es­porte e Lazer (Seduc), quando es­teve como se­cre­tário da pasta, Per­mínio Pinto, que também foi preso na ope­ração Rê­mora e teria sido uma in­di­cação do de­pu­tado fe­deral Nilson Leitão (PSDB).

Direto da Redação, Sandra Costa

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