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13/11/2018 às 13:15

PF cumpre mandatos de prisão, busca e apreensão em duas cidades de MT

Sandra Costa

Dois mandatos de busca e apreensão e um de prisão foram cumpridos nesta terça-feira (13) pela Polícia Federal (PF), que deflagrou a Operação Miríade, com o objetivo de combater corrupção na concessão de títulos de terras públicas da União.

Em Mirassol d?Oeste foi cumprido apenas uma busca e apreensão em uma fazenda. Já na cidade de Sorriso, houve uma busca e apreensão e também a prisão preventiva de uma pessoa, que não teve o nome revelado. Conforme a investigação, foi desarticulada uma organização criminosa (ORCRIM) especializada em praticar fraudes para obter regularização em títulos de terras públicas da União, bem como exploração de minério e madeira ilegal, no Amapá.

A ação é resultado de trabalho em conjunto com o Ministério Público Federal no Amapá, na qual cerca de 60 policiais federais cumprem 8 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão. Além de Mirassol e Sorriso, as ações foram realizadas também nas cidades de Macapá(AP) e Cascavel (PR).

São alvos dos mandados servidores da Superintendência do Patrimônio da União (SPU/AP), Agência Nacional de Mineração (ANM/AP), Terra Legal e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA/AP).

MIRÍADE ? O nome da operação Miríade é em referência ao nome dado a um numeral grego que é equivalente ao valor de dez mil. Na língua portuguesa, no entanto, a palavra miríade também costuma ser aplicada no sentido figurado para representar uma quantidade elevada de alguma coisa, mas de valor indefinido.

A operação de hoje é um desdobramento da Operação Fast Food deflagrada no início deste ano, que investigou negociações ilegais para a venda de permissões de lavra garimpeiras (PLG?s) entre servidores da ANM/AP e empresários dos estados do Paraná e Mato Grosso, pelo preço de R$ 10 mil cada.

Segundo a investigação, a ORCRIM, integrada por servidores públicos, catalogava áreas para legalização fundiária, realizava fraudes no Sistema de Gestão Fundiária ? SIGEF, bem como falsificações de documentos públicos, objetivando dar aparente legalidade a posses irregulares de terras da União, para pessoas interpostas (empresários).

Ficou apurado que as terras públicas da União eram oferecidas à venda pelos servidores aos empresários, pelo valor de R$ 1 mil o hectare. Foi ofertado um total de 60 mil hectares, que poderia gerar um prejuízo de aproximadamente R$ 60 milhões aos cofres públicos, evitado pela presente investigação.

Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa/passiva, falsificação de documento público, inserção de dados falsos em sistema de informação, estelionato qualificado e falsidade ideológica. Se condenados, as penas somadas podem chegar a 45 anos de reclusão.

Direto da Redação, Sandra Costa

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