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19/11/2018 às 17:00

Altas doses de acido fólico na gestação não previne pré-eclâmpsia em mulheres com alto risco

Redação Leiagora

Tomar suplementos com altas doses de ácido fólico no final da gravidez (além do primeiro trimestre) não previne a pré-eclâmpsia em mulheres com alto risco para essa condição, segundo um estudo recente controlado randomizado publicado pelo The BMJ. No entanto, tomar suplementos com doses baixas de ácido fólico antes e durante o início da gravidez para evitar defeitos congênitos, como a espinha bífida, ainda é altamente recomendável para todas as mulheres, dizem os pesquisadores. A pré-eclâmpsia é uma doença grave, em que a pressão arterial anormalmente alta e outras complicações se desenvolvem durante a gravidez. Afeta cerca de 3-5% das gravidezes e é perigoso para mãe e filho.

Depois de levar em conta os fatores que poderiam ter afetado os resultados, eles descobriram que a pré-eclâmpsia ocorreu em 169 de 1.144 (14,8%) mulheres no grupo do ácido fólico e 156 de 1.157 (13,5%) no grupo do placebo. Não houve evidência de diferenças entre os grupos para quaisquer outros resultados adversos. Os pesquisadores concluem, portanto, que a suplementação com altas doses de ácido fólico além do primeiro trimestre não tem nenhum benefício na prevenção da pré-eclâmpsia. No entanto, os pesquisadores ressaltam que a falta de benefício relatado neste estudo não deve diminuir de forma alguma a importância dos suplementos de ácido fólico para a prevenção de defeitos do tubo neural.

Referência

Wen, S, W. et al. Effect of high dose folic acid supplementation in pregnancy on pre-eclampsia (FACT): double blind, phase III, randomised controlled, international, multicentre trial. BMJ, 2018

Direto do Estadão Conteúdo, Joyce Rouvier

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