O modelo de taxação do agronegócio que o deputado estadual Wilson Santos vem defendendo com unhas e dentes foi implantado no Mato Grosso do Sul pelo ex-ministro Paulo Bernardo (marido de Gleice Hoffmann) e serviu de modelo embrionário para os esquemas de corrupção que o Partido dos Trabalhadores praticou em todo o Brasil.

O sindicalista Zeca do PT foi um dos primeiros governadores eleitos pelo Partido dos Trabalhadores e com a sua eleição trouxe para o Mato Grosso do Sul o deputado federal pelo PR, Paulo Bernardo, para ser secretário de estado de Fazenda e criar um novo sistema tributário e fiscal. Foi criada então uma Lei que tornou obrigatória a comercialização no mercado interno de 50 por cento da produção agrícola como condição para a liberação de outros 50 por cento para exportação, sendo conferido ao ato dessa taxação as capas da moralidade e do aumento da arrecadação dos tributos estaduais. Essa era a versão oficial para a população em geral.

A verdade dos bastidores é que nascia a partir deste ato um sistema que iria orientar os esquemas de corrupção disseminados por todo o país por governos petistas: a cartelização dos setores produtivos (grãos,carnes,obras). O projeto não só estabelecia a taxação de metade da produção, mas trazia embutido nas entrelinhas os ?incentivos? com o desconto para as empresas cerealistas amigas do governo e que, dependendo de decisões administrativas, pagavam maior ou menor percentual de ICMS.

Um sistema que permanece até os dias de hoje e que selecionou quem domina o agronegócio no MS fora das grandes tradings. Foram concedidos monopólios principalmente para políticos tradicionais, que são até os dias atuais os verdadeiros ?barões? do agronegócio.

O ex-governador Zeca do PT é convidado do deputado Wilson Santos para audiência publica na Assembléia nesta quinta-feira, dia 28, para defender a taxação do agronegócio e o modelo implantado no Mato Grosso do Sul , criado às margens do Rio Miranda, no Pesqueiro ?Estrela Vermelha?, onde na época a cúpula petista se reunia ? inclusive o ex-presidente Lula, para pescar , tomar cachaça e decidir o futuro do Brasil. Todos puderam ver no que resultou.

Por Paulo Pedra